Gatifloxacino e iodopovidona no pré-operatório de facectomia: influência na contagem de colônias bacterianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTIAGO, Verônica Cardoso
Orientador(a): LIRA, Rodrigo Pessoa Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22478
Resumo: Introdução: Infecções intraoculares (endoftalmites) embora raras, quando ocorrem podem causar sérias complicações visuais, podendo culminar com a perda da visão. Com o propósito de minimizar este tipo de infecção, cirurgiões de todo o mundo têm se preocupado cada vez mais com qual método de assepsia e antissepsia seria o melhor a ser utilizado no pré-operatório das cirurgias oftalmológicas. Objetivo: Analisar dois métodos de redução da microbiota conjuntival em indivíduos submetidos à facectomia. Métodos: Ensaio clínico, com amostra de conveniência de 57 pacientes, com diagnóstico de catarata senil (57 olhos), submetidos à facoemulsificação com implante de lente intraocular em Recife entre 2011 a 2013. Os pacientes foram alocados em dois grupos: ATB (27 olhos) no qual foi instilado colírio antibiótico (Gatifloxacino a 0,3%) e ASS (30 olhos) no qual foi instilado colírio antisséptico (Iodopovidona a 5%); ambas as medicações foram utilizadas três vezes (uma gota a cada 20 minutos, uma hora previamente à cirurgia). Os grupos foram avaliados a partir de duas coletas de material conjuntival: a primeira antes de instilar algum colírio e a segunda imediatamente após a cirurgia. Foi realizada bacterioscopia, cultura e antibiograma. Resultados: Tanto a iodopovidona a 5% como o gatifloxacino a 0,3%, usados como profiláticos para a endoftalmite reduzem a microbiota conjuntival. Comparando-se a redução nas unidades formadoras de colônias patogênicas patogênicas encontradas nas lâminas no pré e no pós-operatório, não se verificou diferença estatística significativa entre os dois grupos. Em relação ao material presente no tubo de BHI, no pré-operatório observou-se que em 12 (21,1%) tubos o resultado foi negativo e que em 45 (78,9%) houve positividade. Já nos tubos do pósoperatório 27 (47,4%) apresentaram-se negativos e 30 (52,6%) apresentaram-se positivos. Conclusão: Esta pesquisa não demonstrou diferença estatisticamente significativa entre esses dois métodos de redução da microbiota conjuntival em indivíduos que foram submetidos à facoemulsificação. Houve diferença estatisticamente significante em relação à redução da positividade das culturas no grupo que fez uso do antisséptico.