Estudo sociológico institucional do processo de mudança do ensino médico na Universidade de Pernambuco(UPE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Cavalcante Sampaio, Adriano
Orientador(a): Marcos de Medeiros Gomes de Matos, Aécio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9802
Resumo: Objetivou-se analisar o processo de mudança do ensino médico na Universidade de Pernambuco (UPE) no período 1991-2000, a partir de uma análise institucional, numa visão dialética, contrária a tradicional abordagem organizacional positivista e funcionalista. A UPE através da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), vem desde 1991 participando da Comissão Interinstitucional de Avaliação do Ensino Médico (CINAEM) que busca transformações no ensino médico brasileiro. Nestes quase dez anos foram observadas tímidas mudanças pedagógicas e curriculares, embora haja uma quase unanimidade quanto à necessidade das mesmas. A fundamentação epistemológica adotou os postulados da análise institucional de Lourau, da teoria da complexidade de Morin e do imaginário nas instituições de Enriquez. Para a análise das entrevistas construímos rubricas em função do material teórico trabalhado tendo sido escolhidas as seguintes categorias de análise: Poder e Ensino Médico; Ideologia e Status; Democracia; Ética e Ensino Médico e Paradigma x Transformações x Participação. As conclusões constataram que as mudanças alcançadas foram tímidas e que o processo de comunicação e envolvimento dos interessados foi muito incipiente. Como fatores intervenientes três evidencias foram relatadas: A condução dos dirigentes pouco contribuiu para o processo de mudança; os professores assumiram uma postura de resistência e os alunos foram coniventes com a lentidão do processo. Em função do atual projeto de mudança curricular foram deixadas como recomendações: o estabelecimento de um canal efetivo de comunicação e envolvimento dos professores e alunos para conhecimento entendimento e participação no processo, a capacitação urgente e permanente dos professores em métodos pedagógicos que envolvam os alunos como sujeitos do processo de aprendizagem e um monitoramento externo para avaliação sistemática e correção dos rumos