Câncer infantojuvenil: análise da qualidade dos dados do registro de câncer de base populacional de uma capital do Nordeste
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23493 |
Resumo: | O câncer infantojuvenil acomete crianças e adolescentes de zero a 19 anos de idade e corresponde a aproximadamente 3,0% de todas as neoplasias malignas. A incidência da doença na população é monitorada pelos registros de câncer de base populacional (RCBP), que possuem um papel fundamental na vigilância do câncer. Existem poucos RCBP infantojuvenis em atividade no mundo. Além disso, os dados produzidos pelos RCBP dos países em vias de desenvolvimento frequentemente apresentam problemas quanto à sua qualidade. Dessa forma, o objetivo desta dissertação é analisar a qualidade da base de dados do RCBP do Recife a partir dos casos de câncer infantojuvenil de acordo com as recomendações da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC). Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal. A população foi composta pelos casos de câncer em crianças e adolescentes de zero a 19 anos de idade residentes no Recife no período de 2002 a 2010. Os dados foram provenientes do RCBP da Secretaria de Saúde do Recife. Os resultados do estudo demonstraram que existem 20 RCBP infantojuvenis em atividade no mundo, concentrados, principalmente, na Europa. Esses registros foram implantados tardiamente na América Latina, Oceania e África. A análise das dimensões da qualidade da base de dados do RCBP do Recife foi baseada na Publicação Técnica nº 43 da IARC e revelou que, com exceção da oportunidade dos dados, o registro conseguiu manter-se dentro dos parâmetros sugeridos pela agência no período em estudo. Além de contribuir para o planejamento da assistência à saúde, os RCBP infantojuvenis possuem o potencial de fortalecer a rede de apoio comunitário, auxiliando os pacientes e seus familiares ou cuidadores a passarem pelo momento do adoecimento. Recomenda-se visibilizar a população entre zero e 19 anos de idade na Política Nacional de Atenção Oncológica, incentivar/promover a criação de RCBP infantojuvenis no Brasil e fortalecer a vigilância do câncer através de incremento nos recursos repassados aos RCBP do País. |