Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
SOUTO, Vitória Felício |
Orientador(a): |
NASCIMENTO, Elizabeth do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55438
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Resumo: |
O excesso de gordura corporal está relacionado ao desencadeamento de doenças metabólicas e comportamentais, bem como de suas repercussões, sendo necessário medidas alternativas como a mudança dos hábitos alimentares associados ao tratamento coadjuvante com plantas medicinais. O objetivo desta dissertação foi avaliar o efeito residual da fração polar de Parkinsonia aculeata extraída de partes aéreas de planta sobre aspectos somáticos, metabólicos e comportamentais em ratas Wistar com excesso de peso induzido por dieta. A amostra deste estudo foi composta por 23 ratas Wistar fêmeas, divididas em grupo controle (C), obesogênico (O) e obesogênico tratado com a fração polar de P. aculeata (OP). Para indução do excesso de peso, os animais foram alimentos com dieta ocidentalizada por 8 semanas. O tratamento foi através da administração de P. aculeata (140mg/kg) via gavagem por 30 dias. Após 30 dias ao término do tratamento, avaliou-se a murinometria, ingestão alimentar, perfil lipídico, inflamatório, bem como a histologia hepática e a ingestão alimentar frente ao estresse agudo. O nível de significância considerado foi de p<0,05. Como resultados, foi possível observar que a P. aculeata não teve efeito residual sobre o excesso de peso causado pela dieta ocidentalizada (C = 199,8g ± 20,4g; O = 255,5g ± 31,5g; OP = 275,4g ± 25,8g, p<0,0001). Porém o grupo OP quando comparado ao O, apresentou redução significativa na quantidade de gordura perigonadal (C = 1,02g ± 0,87g; O = 6,19g ± 1,79g; OP = 0,71g ± 0,20g, p<0,0001) e retroperitoneal (C = 2,38g ± 0,44g; O = 6,21g ± 1,98g; OP = 0,50g ± 0,16g, p<0,0001), assim como no peso relativo do fígado (C= 2,83g/100 ± 0,22g/100 ; OP = 2,44g/100 ± 0,13g/100; p<0,0032) e no percentual de gordura hepática (C = 5,25% ± 0,59%; O = 9,77% ± 2,02%; OP = 7,83% ± 0,58%, p=0,0001), corroborando com a análise histológica. O grupo OP também obteve redução nos níveis de colesterol total (C = 58,82mg/dL ± 6,2 mg/dL; O = 78,15 mg/dL ± 13,5 mg/dL; OP = 62,55 mg/dL ± 12,4 mg/dL; p<0,0111) e do HDL (C = 42,7 mg/dL ± 4,8 mg/dL; O = 60,44 mg/dL ± 8,9 mg/dL; OP = 49,2 mg/dL ± 8,5 mg/dL; p<0,0015), este último sendo maior em relação ao C. Com relação à ingestão alimentar frente a um estresse leve e breve (tail pinch), pôde-se observar um possível efeito, no grupo OP, quanto ao parâmetro de hiperfagia. Comparado ao grupo C, o grupo OP ingeriu menor quantidade de alimento palatável 30 min (p = 0,0160) e 60 min (p = 0,0206) após sofrer o tail pinch. Do exposto conclui-se que a fração polar de P. aculeata possui efeito residual, ou seja, mesmo após finalizado o período de tratamento os seus efeitos benéficos permaneceram, sendo capaz de melhorar o perfil lipídico, reduzir o acúmulo de gordura visceral e hepática de ratas obesas, além de sugerir papel modulador na hiperfagia alimentar ansioso frente a uma situação de estresse leve e breve. |