Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
PEREIRA, Pedro Silvino |
Orientador(a): |
SILVA, Teresinha Gonçalves da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação Rede Nordeste de Biotecnologia - RENORBIO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37937
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Resumo: |
A busca por novos compostos bioativos é motivada pela necessidade de se obter resultados terapêuticos mais eficazes que atuem de forma seletiva no tratamento de doenças. Neste cenário, os derivados dos tiazóis e das tiazolidinedionas têm sido bastante explorados devido a sua vasta gama de atividades biológicas descritas na literatura. O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito citotóxico e antibacteriano de novos derivados de tiazolidinedionas (série ST e NW) e tiazol (série NJ). Para isso, 19 compostos foram testados, sendo 14 usados para a atividade antibacteriana e 19 para a atividade anticâncer. Para os testes de concentração inibitória mínima (CIM) e de inibição de bomba de efluxo por redução do CIM do antibiótico foram usadas as cepas de Staphylococcus aureus, 1199 (selvagem) e 1199B (mutante). Os derivados testados apresentaram ausência da atividade antibacteriana relevante, pois o CIM ≥ 1024 μg/mL. Os compostos NJ16, NJ17 e NJ18, quando associados à norfloxacina, reduziram em três vezes a CIM desta droga, indicando uma possível inibição da bomba NorA. No estudo de docking molecular, o NJ16 e NJ17 apresentam interações importantes que justificam a inibição da NorA. O docking associado ao resultado da redução da concentração inibitória com as cepas portadoras NorA, sugere uma possível inibição da bomba de efluxo pelos compostos tiazólicos e tiazolidínicos. A atividade antitumoral foi avaliada frente a diversas linhagens de células cancerígenas humanas HL-60 (Leucemia promielocítica aguda), K562 (Leucemia mielocítica crônica), NCI-H292 (Carcinoma mucoepidermoide de pulmão), HCT116 (Câncer de cólon), HT-29 (Adenocarcinoma de cólon), MCF-7 (Adenocarcinoma de mama), P815 (Mastocitoma) e célula normal, L929 (fibroblasto) e PBMC (células nucleares do sangue periférico humano). Os derivados NJ20 e NW05 foram os que apresentaram maior potencial de citotoxicidade. A NJ17 foi mais citotóxica para a linhagem P815 e a NJ20 se destacou por apresentar seletividade frente a cinco das oito linhagens testadas, sendo mais ativas nas linhagens HL-60, K562, NCI-H292, HT29 e MCF7. Entre as tiazolidinedionas, a ST04 foi mais citotóxica para a linhagem HL-60, enquanto a NW05 apresentou potencial inibitório para as linhagens K562, NCI-H292, HCT116 e HT29. Em relação a atividade citotóxica em PBMCs dos derivados dos tiazóis e das tiazolidinedionas neste trabalho demostraram-se baixa toxicidade para as células normais. A atividade hemolítica em eritrócitos humanos dos tiazóis (NJ) e das tiazolidinedionas (ST e SW) exibiram uma CE₅₀ > 200 μg/mL, não apresentando efeito hemolítico. Estes resultados sugerem que os compostos em estudo têm potencial antiproliferativo, no entanto, é necessário a continuidade dos estudos na investigação do modo de ação das moléculas mais promissoras. |