Validação clínica do diagnóstico de enfermagem risco de binômio mãe-feto perturbado em gestantes de alto risco
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51402 |
Resumo: | A interrupção da relação simbiótica materno-fetal leva a um comprometimento da fisiologia gestacional e das interações afetivo-emocionais entre a mãe e o feto. No contexto do cuidar, é necessário operacionalizar o Processo de Enfermagem por meio da coleta de dados, com vistas a identificar Diagnósticos de Enfermagem e realizar intervenções de educação em saúde que promovam o autocuidado e previnam os desfechos gestacionais desfavoráveis. O objetivo desta pesquisa foi obter evidência de validade clínica do Diagnóstico de Enfermagem Risco de binômio mãe-feto perturbado em gestantes de alto risco. Trata-se de um estudo de validação de Diagnóstico de Enfermagem realizado em três momentos: 1) Construção da Teoria de Médio Alcance Risco de binômio mãe-feto perturbado em gestantes de alto risco; 2) Avaliação da Teoria de Médio Alcance por meio do método Delphi, em que foram realizadas duas rodadas de avaliação - com sete e quatro juízes, respectivamente; e 3) Validação clínica do diagnóstico de enfermagem Risco de binômio mãe-feto perturbado por meio de um estudo caso-controle (o grupo caso foi composto por 31 gestantes de alto risco identificadas com o desfecho “ruptura da relação simbiótica materno-fetal” e o grupo controle por 124 gestantes de alto risco identificadas sem o desfecho). Dois instrumentos de coleta de dados foram aplicados e continham as variáveis sociodemográficas/gineco-obstétricas e as definições conceituais e operacionais dos fatores etiológicos, que foram avaliados quanto à presença ou ausência. Os dados foram tabulados e validados no software Epi Info e analisados pelo software Stata. Este estudo teve aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco e do Hospital das Clínicas da universidade referenciada. A teoria foi representativa quanto ao conteúdo quando o Índice de Validade de Conteúdo dos itens foi ≥ 0,80. Os fatores etiológicos foram considerados capazes de aumentar as chances para a ocorrência do desfecho quando o p-valor foi < 0,05 e a Odds Ratio > 1. A Teoria de Médio Alcance foi construída e consta com 10 fatores de risco, quatro populações em risco e seis condições associadas, além de 14 proposições e um pictograma. Após duas rodadas de avaliação, a teoria foi considerada consistente. Na validação clínica, o fator de risco “Cuidado pré-natal ausente/inadequado” (p=0,001; OR=4,44); as populações em risco “Extremos de idade materna” (p=0,002; OR=3,49) e “Gestante desfavorecida economicamente” (p=0,020; OR=2,55); e as condições associadas “Condições maternas” (p=0,020; OR=2,97) e “Transferência de oxigênio ao feto comprometida” (p<0,001; OR=75,4) mostraram-se capazes de aumentar a chance para a ocorrência do desfecho. Conclui-se que a Teoria de Médio Alcance contribuiu para a identificação dos elementos estruturais do Diagnóstico de Enfermagem Risco de binômio mãe- feto perturbado e da relação causal entre os seus componentes. A evidência de validade clínica do diagnóstico em estudo foi obtida por meio da análise da associação dos fatores etiológicos com a ocorrência do desfecho. Os resultados contribuem para a prática clínica, o ensino e a pesquisa de enfermagem, para o aperfeiçoamento da Taxonomia da NANDA-I e para a implementação de ações educativas a gestantes de alto risco e suas famílias. |