Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Luzinete de Lemos Bezerra, Maria |
Orientador(a): |
Maria Brandão de Aguiar, Sylvana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7886
|
Resumo: |
A História Social da Cultura das benzedeiras em Caruaru, agreste de Pernambuco, é o objeto central de nossas investigações. Dada a natureza ontológica e epistemológica de nosso tema, julgamos por bem privilegiar as diversas manifestações dessa vivência religiosa. Assim, não foram esquecidas as rezas, os gestos, os santos, a relação com os sacerdotes, os conflitos, a fé, e o sagrado, naturalmente, ao lado de uma pesquisa historiográfica referente a este tipo de fenômeno religioso. Do que foi registrado, decorre nosso enfoque temporal não linear, dito de outra maneira, trabalhamos na perspectiva da articulação, enfatizando o tempo simultâneo, numa tentativa de compreender melhor o hoje, vendo uma história vivida que traz em seu bojo o espaço da utopia, aqui entendida como uma possibilidade do exercício da liberdade cotidiana individual, sem amarras burocráticas, sem ranços hierárquicos, um livre pensar, reinventar. A dificuldade de encontrar produções e documentos, que trabalhassem de forma mais específica a História da Benzeção, fez-nos mergulhar em um minucioso trabalho de pesquisa em documentos primários da Igreja, em relatos de processos inquisitoriais, registros iconográficos, além de entrevistas semi estruturadas com vinte benzedeiras, com oito sacerdotes, com quatro irmãs maristas e com vinte consulentes. Em nossa pesquisa foi basilar entender, através da plausibilidade, o suporte social que legitima as idéias sobre uma realidade1, analisando as táticas e estratégias que permitem captar algumas das maneiras de fazer e viver que se inscrevem nas formas de circularidade de culturas, portanto, de reelaboração da própria vida, com seus conflitos e tensões, acordos e negociações que compõem o dia-a-dia das pessoas. Compreender melhor o cotidiano e pensar a sociedade a partir de vivências em que as práticas mágico-religiosas se fazem presentes, melhor dizendo, onipresentes é o nosso maior objetivo |