Caracterização da Formação Barreiras da cidade de João Pessoa com base em sondagens SPT e estudo geotécnico de uma encosta com alto risco de deslizamento
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31102 |
Resumo: | João Pessoa tem 67% de seu território recoberto por sedimentos inconsolidados da Formação Barreiras, segundo Barbosa (2015), e esta representatividade lhes confere grande relevância nos cenários geológico e geotécnico da cidade, uma vez que o crescimento dela, nos últimos anos, tem sido em direção à esta unidade geológica, além de estarem associadas a frequentes movimentos de massa. Esta pesquisa objetivou a caracterização da Formação Barreiras de João Pessoa em perfis geotécnicos típicos a partir de dados de sondagem SPT e a determinação de parâmetros geotécnicos de uma encosta localizada sobre esta unidade. Foram apresentados aspectos teóricos sobre Formação Barreiras, sondagens SPT e parâmetros geotécnicos. A metodologia deste trabalho consistiu na coleta de mapas e cartas para a caracterização de JoãoO Pessoa e do bairro Castelo Branco; na obtenção de boletins de sondagens em Formação Barreiras para a classificação dos perfis típicos da cidade; na realização de sondagem SPT no topo da encosta para a prospecção do seu perfil geotécnico; e na coleta de amostras deformadas e indeformadas para a definição dos parâmetros geotécnicos da encosta estudada através de ensaios de laboratório de caracterização física, condutividade hidráulica, ensaio edométrico e cisalhamento direto. Uma encosta da comunidade Santa Clara, no Bairro do Castelo Branco, apresentou-se com risco muito alto de deslizamento, conforme mapeamento de Soares et al (2015), sendo, portanto, escolhida para estudo de detalhe. A Formação Barreiras de João Pessoa foi classificada em nove perfis típicos a partir da composição dos solos de cada perfil e do comportamento do gráfico de penetração da sondagem SPT. A sondagem SPT realizada na encosta identificou um perfil com intercalações de solos argilosos e arenosos e gráfico de penetração crescendo e decrescendo em uma faixa de Nspt de 7 a 30 ao longo da profundidade, sendo classificado como do tipo PT3A. Com base no SUCS, o solo da base da encosta foi classificado em areia siltosa (SM e SW-SM) e o do topo em areia silto-argilosa (SM-SC). A permeabilidade foi da ordem de 10-5 m/s para os solos da base da encosta e 10-7 m/s para os do topo, e os índices de vazios iniciais médios destes solos, foram, respectivamente, 0,63 e 0,84, se enquadrando na faixa de valores proposta por Coutinho e Severo (2009) para solos da Formação Barreiras. O solo da base da encosta apresentou maior potencial de colapso (CP) do que o do topo, com valores máximos respectivos de 14,62% e 3,47%. Na base da encosta, os solos se mostraram com ângulo de atrito interno de 36°, coesão de 4,3 kPa e 8,6 kPa na condição de umidade natural e nula na condição inundada, enquanto que no topo apresentaram coesão de 22 kPa na condição natural e 3,4 kPa na inundada, e ângulo de atrito interno de 31°. |