Serviço Social, Ética Profissional e Saúde Pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: PEDROSA, Janaína Bastos
Orientador(a): MUSTAFÁ, Alexandra Monteiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9991
Resumo: O objeto deste trabalho consiste em um esforço intelectual para expor e sistematizar a prática profissional do Serviço Social na saúde pública do Recife - PE em sua relação com a dimensão ético-politica da profissão, levando em consideração a importância e a contemporaneidade desse debate para a categoria.Nesse sentido, a produção teórica resulta da investigação da prática do Serviço Social em 5 hospitais de grande porte do Recife, onde se confrontou a proposta hegemônica de atuação da categoria, expressa tanto no projeto ético-político profissional quanto no Código de Ética de 1993 do Serviço Social com a prática cotidiana. No estudo percebeu-se que as assistentes sociais têm considerado que a ética profissional é importante para a prática e que ela é norteadora dos trabalhos, no entanto nota-se um conhecimento ainda muito superficial sobre o Código de Ética e uma não interlocução das múltiplas relações a que o projeto ético inspira.Em outros termos, não existe por parte da maioria das profissionais uma reflexão e análise sobre o exercício profissional o que impossibilita muitas vezes um trato crítico e qualificado às necessidades da modernidade. Nesse sentido, percebe-se que a implementação do projeto ético-político, bem como dos princípios do Código de 1993, apesar de estarem presentes na prática cotidiana das assistentes sociais entrevistadas, apresenta-se de forma indireta, e ainda insuficiente.Finalmente, ao refletir sobre essa questão, vislumbra-se um enorme desafio à categoria, pois as relações sociais predominantes na sociedade capitalista: discriminação, autoritarismo, exclusão, individualismo, desigualdades, etc., refletidas no espaço institucional demandam um profissional antenado às contradições do real, às mudanças societárias, que esteja qualificado e com a capacidade de buscar alternativas para a superação da ordem burguesa