Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
DANTAS, Isabelle Moura Fittipaldi de Souza |
Orientador(a): |
LEAL, Leila Bastos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27972
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Resumo: |
O óleo obtido a partir da borra do café é constituído de ácidos graxos saturados e insaturados. Entre eles, o ácido oleico, com um baixo índice de oxidação, o que lhe confere resistência à degradação. Essas características tornam este óleo um bom candidato à utilização em preparações dermocosméticas. Portanto, vislumbrando a aplicabilidade na área cosmética e dermofarmacêutica, sinalizando o aproveitamento de recursos naturais com desenvolvimento sustentável e contribuição social, este trabalho teve como objetivos a caracterização do óleo, desenvolvimento de emulsões, avaliação do potencial de permeação cutânea e realização de estudo clínico para avaliação dos efeitos hidratantes do óleo da borra do café na pele humana. A caracterização do óleo foi realizada a partir do método clássico, espectro integrado de Ressonância Magnética Nuclear de Prótons (RMN ¹H), análise térmica (TGA/DSC) e Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectroscopia de Massas (CG/MS). As formulações desenvolvidas foram avaliadas quanto ao valor de pH, viscosidade, reologia, espalhabilidade, teste de centrifugação e aferição do tamanho de gotículas. O EHL crítico foi determinado pelo método indireto, relacionando componentes físico-químicos mensuráveis com o EHL dos compostos. A avaliação do potencial do óleo da borra do café, como promotor de permeação, foi feita através da comparação entre a quantidade de lapachol e metronidazol (marcadores lipofílico e hidrofílico) liberada e permeada das formulações com e sem óleo da borra do café. No estudo clínico, foi avaliado o poder hidratante de preparação emulsionada contendo óleo da borra do café, comparando-a com a mesma preparação com óleo de amêndoas doces (OAD), em 20 voluntárias sadias. As análises realizadas a partir do espectro de RMN ¹H, método clássico e análise térmica mostraram que o óleo em questão apresentou-se dentro das especificações e embora seja proveniente de um material de descarte, o mesmo apresenta características que o classifica como um óleo de qualidade e de direta aplicação na indústria. O CG/MS indicou maior porcentagem de ácido linoleico, seguido do palmítico, oleico, esteárico e araquídico. O EHL crítico encontrado do óleo da borra do café foi de 11,79. A formulação 3 apresentou-se mais estável diante dos parâmetros analisados, com comportamento pseudoplástico. Nos estudos de liberação e permeação in vitro utilizando membrana de acetato de celulose e pele de cobra, o óleo da borra do café contribuiu significativamente para o aumento na quantidade de lapachol e metronidazol permeado. Foi possível observar que as formulações com óleo da borra do café e OAD apresentaram um aumento significativo no conteúdo aquoso do estrato córneo após dose única e repetida durante 20 dias, quando comparadas com os valores basais. |