Imperativo tecnológico e os projetos estratégicos de defesa: uma análise dos programas de reaparelhamento das forças armadas nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Deywisson Ronaldo Oliveira de
Orientador(a): Oliveira, Marcos Aurélio Guedes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13887
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar o modo como o imperativo tecnológico presente na atual configuração econômica e política internacional possibilita o entendimento dos programas de reaparelhamento das Forças Armadas do Brasil nos Governos Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014). O estudo apresentado buscou demonstrar que os recentes Projetos Estratégicos de defesa se ampararam em uma perspectiva autonomista, com destaque para processos de produção, pesquisa e desenvolvimento que induzem a independência tecnológica, naquilo que se acordou chamar de imperativo tecnológico. Esse componente analítico foi construído a partir dos fatores da nova economia. Eles favoreceram a instauração da variável “imperativo tecnológico” como determinante nos programas de recapacitação operativa das FFAA. A atual configuração econômica e política internacional, marcada pela importância crescente do emprego de tecnologia avançada para produção de bens de maior valor agregado tem levado os países a investirem, cada vez mais, em plataformas de produtividade estruturadas em tecnologias autônomas. Diferentemente das compras que foram realizadas anteriormente, guiadas muito mais por uma lógica de manutenção da capacidade operativa, em uma Política de Atualização dos Equipamentos, que efetivava aquisições em estratégias de “compras de oportunidade”, a execução dos Projetos Estratégicos de defesa nos Governos Lula e Dilma Rousseff representou a efetivação de uma estratégia de defesa nacional que associava o desenvolvimento tecnológico com a política de defesa, possibilitando a obtenção de novas capacidades tecnológicas por meio de transferência de tecnologia, de conhecimento ou de incentivos à indústria de defesa nacional.