Caracterização do perfil clínico-epidemiológico de pacientes com câncer de pulmão em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Elisama Melquiades de Melo e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Gestao e Economia da Saude
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45588
Resumo: Apesar dos avanços no tratamento e a implementação de tecnologias de saúde, o câncer de pulmão continua sendo a neoplasia com maior mortalidade no mundo. No Brasil, segundo estimativa do INCA, para cada ano do triênio 2020-2022 serão contabilizados 30 mil novos casos de câncer de pulmão, 17.760 casos novos de câncer no sexo masculino e 12.440 no sexo feminino. O aumento do número de casos de câncer está relacionado às mudanças no perfil sociodemográfico da população, como o aumento e o envelhecimento populacional e a fatores de riscos ligados ao desenvolvimento socioeconômico. O tabagismo é o principal fator de risco em 71% dos casos diagnosticados. O estudo teve como finalidade identificar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com câncer de pulmão em Pernambuco entre os anos de 2006 a 2016. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com dados de pacientes adultos diagnosticados com câncer de pulmão no estado de Pernambuco. Foram selecionados 2711 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer de pulmão no período entre 2006 e 2016 a partir da base de dados RHC. O ano com maior número de casos foi em 2013(334) e o ano com menor número de casos foi em 2006(90). O diagnóstico foi mais frequente na faixa etária entre 50-69 anos, com 59,57% (p= 0,0003). O sexo masculino foi predominante durante os anos estudados, correspondendo a 56,69% do número de casos. Em relação à raça, um percentual de 55,46% correspondia à raça preta/parda/indígena (p=0,0001). Quanto à informação sobre tabagismo, mais da metade dos pacientes analisados eram fumantes ou haviam fumado em algum momento da vida (59,46%) (p<0,0002). De acordo com a histologia 35,89% apresentou o subtipo adenocarcinoma (p=0,0402;). O tratamento predominante nos anos avaliados foi a quimioterapia. Após análise multivariada, constatou-se que as variáveis importantes para o desfecho óbito são sexo (p=0,027), sem local exato (p=0,000), estadiamento (p=0,000) e alcoolismo (p=0,000). Os dados desse estudo indicam que o câncer de pulmão tanto no Brasil como mundialmente tem se mostrado um grave problema de saúde pública, sendo necessária intervenção dos órgãos de saúde com ações para mitigar os fatores de risco, como o tabagismo e alcoolismo.