Chegou para ficar? : uma análise de sobrevivência das democracias, 1900-2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LINS, Rodrigo Galvão Pinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40079
Resumo: O objetivo desta pesquisa é entender de maneira mais compreensível como a democracia funciona. Começa com a análise do que é a democracia e como ela deve ser medida. Há um debate permanente sobre se a democracia deve ser medida de maneira categórica - na maioria das vezes de maneira dicotômica - ou se deve ser uma variável contínua. Apesar dos prós e contras constantemente associados às duas formas, concluo que isso não faz diferença significativa. Se a variável for medida de uma forma confiável e válida, ela deverá fornecer resultados semelhantes. Portanto, a decisão de como medir a democracia deve ser tomada com o desenho da pesquisa em mente. Depois de entender o objeto em estudo, o próximo passo é tentar encontrar sintomas de doença. A democracia está desaparecendo ao redor do mundo? Existem vários trabalhos defendendo o argumento de que a democracia está em declínio e que grande parte da culpa deve ser depositada no povo. A falta de apoio que estão dando ao regime está abrindo caminho para líderes populistas e nacionalistas. Embora a pesquisa não encontre razões robustas para acreditar que o apoio à democracia esteja em declínio, os líderes populistas podem prejudicar as instituições democráticas. Finalmente, se as democracias podem estar em risco, qual é um bom remédio para combater a doença de colapsos democráticos? Minha hipótese é que o número de partidos políticos com assento no legislativo desempenha um papel importante: um grande número de partidos políticos poderia criar uma situação de paralisações, enquanto o número mínimo possível - um - é uma característica das ditaduras de partido único. Portanto, a relação esperada entre a chance de sobrevivência democrática e o número de partidos políticos é não linear em forma de sino. No entanto, espera-se que essa relação seja moderada pela institucionalização dos partidos políticos. Essa institucionalização deve ter um efeito de “freio” no impacto dos partidos políticos. Para testar a hipótese, eu construí dois modelos de análise de sobrevivência: um com a variável dependente contínua (1975-2018) e outro com a variável dependente categórica (1900-2008). Os resultados, no entanto, mostram que o número de partidos políticos tem apenas um efeito marginal no risco democrático. A institucionalização, por outro lado, é muito importante para a sustentabilidade da democracia.