Eficiência do sistema Pot in Pot na conservação de pimentão e tomate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Maria Claudino de Oliveira, Albania
Orientador(a): Maria Freitas Pires, Edleide
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8722
Resumo: Apesar da facilidade de cultivo, a produção de hortaliças é inviabilizada economicamente pela perecibilidade que causa perdas provocadas principalmente pelas condições inadequadas de conservação. A vida útil das hortaliças é beneficiada pela conservação em temperatura em torno de 10oC. Em climas quentes e secos, como no semi-árido nordestino, esta condição é possível mediante equipamentos de refrigeração que demandam custos e energia elétrica, condição esta incompatível com as das populações de baixa renda. O sistema Pot in Pot desenvolvido na Nigéria, consiste na superposição de dois potes de cerâmica de diferentes tamanhos dispostos um dentro do outro e de uma camada de areia molhada inserida entre eles que proporciona o resfriamento do pote interno pela evaporação da água, conseguindo-se aumentar o tempo de vida útil de vegetais. Com o objetivo de avaliar o efeito deste sistema de conservação sobre hortaliças produzidas no Nordeste brasileiro foi desenvolvida esta pesquisa comparando o sistema Pot in Pot (27±0,40C e 83±0,6%UR) com o ambiente de uma câmara climatizada para a condição semelhante a do semi-árido nordestino (37±0,7ºC e 40±0,5%UR) e com outro sistema convencional de conservação: refrigeração em geladeira doméstica (7±0,30C e 53±1%UR), utilizando-se amostras sem embalagem e amostras embaladas em polietileno de alta densidade. Dois tipos de hortaliças foram utilizados: pimentão e tomate, adquiridos no comércio atacadista. Os experimentos foram realizados em 3 repetições e em cada utilizando-se 72 unidades de tomate e 80 de pimentão. Todas as amostras foram selecionadas, limpas, identificadas, pesadas e fotografadas. Em seguida foi retirada uma unidade de cada amostra para ensaios laboratoriais de pH, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT) e textura, correspondendo ao tempo zero do experimento. As demais amostras foram divididas em 2 porções iguais onde uma delas foi submetida a sanitizacão. Em seguida, todas as amostras sanitizadas ou não, foram armazenadas nos 3 diferentes ambientes. A cada 7 dias, as amostras foram analisadas quanto às características visuais (cor, brilho, frescor, turgência e enrugamento), perdas de peso, pH, acidez total titulável, sólidos solúveis totais e textura até apresentarem sinais de alteração que as tornaram impróprias para o consumo. Nas análises físico-químicas utilisou-se métodos preconizados por AOAC. Os resultados demonstraram diferenças significativas (p<0,05) entre os ambientes e os períodos de armazenamento. Concluiu-se que: o uso do sistema Pot in Pot proporcionou aumento da vida útil das hortaliças estudadas e foi o mais eficiente para a conservação do tomate; a refrigeração com embalagem foi o melhor ambiente para o pimentão; as características visuais e o aparecimento de fungos foram limitantes na vida útil de pimentão e a turgescência para a conservação de tomate; a sanitização com cloro não contribuiu para a conservação das hortaliças; o aparecimento de fungos em todos os sistemas utilizados aponta para a necessidade da associação de fungicida específico e que a eficiência do sistema Pot in Pot é dependente das características intrínsecas das hortaliças