Avaliação da exposição à radiação gama nos trabalhadores de pedreiras de rochas graníticas ornamentais de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: ROCHA, Edilson Accioly
Orientador(a): AMARAL, Romilton dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9980
Resumo: Os granitos de Pernambuco estão entre as mais belas rochas ornamentais do Brasil e são comercializados para vários outros estados do Brasil e países da Europa e da Ásia. O estado apresenta uma vasta reserva de rochas ornamentais, entre elas os granitos , com um elevado potencial extrativo e um considerável número de trabalhadores nessa atividade. Pernambuco destaca-se no cenário nacional como exportador dessa matéria-prima. Os trabalhadores dessa atividade estão expostos a uma grande massa rochosa nas frentes de extração por um período mínimo de oito horas diárias, cinco dias por semana. O objetivo deste trabalho foi realizar uma avaliação prévia da exposição à radiação gama a que eles estão submetidos, uma vez que os granitos são conhecidos cientificamente por apresentarem concentrações de radionuclídeos naturais, tais como 238U, 232Th e 40K, acima dos teores médios das demais rochas. As radiações gama provenientes do decaimento das séries do urânio e do tório, acompanhados de potássio-40, em doses acima do limite permitido pelos órgãos governamentais, podem causar danos aos seres vivos. A dose individual internacionalmente adotada para pessoa do público é de 1,0mSv.a-1. Neste estudo considerou-se esses trabalhadores como pessoa do público, uma vez que essa atividade ainda não é reconhecida como de exposição radioativa ocupacional. Com este trabalho espera-se contribuir para a monitoração ambiental, para avaliação dos riscos à saúde desses trabalhadores, bem como para conscientização da necessidade de uma certificação radiométrica para os granitos comercializados no Brasil. O estudo foi iniciado no Entreposto Regional de Rochas Ornamentais no Recife, detectando-se valores de dose numa faixa de 0,60mSv.a-1 a 2,22mSv.a-1 para os blocos graníticos oriundos de Pernambuco. A fim de se ter uma amostragem mais significativa da exposição, estendeu-se as avaliações para mais 159 blocos graníticos monitorados nas cinco pedreiras ativas do estado, com uma média de 32 blocos por pedreira. Os valores de doses ficaram numa faixa de 0,28mSv.a-1 a 2,36mSv.a-1 para o conjunto de pedreiras monitoradas