Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Clélia Aragão Barreto, Maria |
Orientador(a): |
Pinto Ferreira, Valderez |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6271
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Resumo: |
A composição isotópica, (δ13C, 87Sr/86Sr e Pb-Pb), de mármores de duas localidades (Surubim e Caruaru) do Complexo Caroalina-Surubim, Zona Transversal da Província Borborema (NE-Brasil) foi usada para se estimar a idades de sedimentação e metamorfismo das seqüências carbonáticas originais. Estas ocorrências fazem parte de uma sucessão sedimentar depositada durante o Meso- Neoproterozoico e metamorfisadas no fácies anfibolito. São mármores branco a cinza claro, composição predominante de calcita, dolomita, tremolita, diopsídio, flogopita, quartzo, grafita, titanita, plagioclásio, clorita, biotita, apatita e apresentam em comum, e nos mármores de Caruaru já alternâncias de camadas com intercalações de xistos e veios de pegmatitos e bolsões de paragnaisses. Dados geoquímicos de rocha total indicam que os mármores da folha Caruaru são predominantemente calcíticos com CaO>40% e MgO<10% e os da folha Surubim são dolomíticos com CaO<40% e MgO>12%. O teor de sílica em ambas as localidades normalmente é <5%. Análises de química mineral e rocha total nos mármores de Caruaru sugerem que as temperaturas regionais, durante o pico de metamorfismo, estariam no fácies anfibolito, próxima a 650oC. Para os mármores da folha Surubim as temperaturas estimadas são um pouco mais baixas, na faixa médio-alta do fácies anfibolito. Os valores de δ13C nas amostras da área de Caruaru apresentam uma variação de -2,55 a +4,87 PDB e de -2,60 a +3,87 PDB na área de Surubim. A quimioestratigrafia isotópica de C, O e Sr permite concluir que: (a) As curvas de variação temporal obtidas registram flutuações primárias na composição isotópica de C, O e Sr da água do mar durante a passagem do Neo-Mesoproterozoico, possivelmente relacionada ao rifteamento e formação de arcos magmáticos durante o evento orogenético Cariris Velhos. (b) Os valores de 87Sr/86Sr são muito homogêneos nos mármores de Caruaru (0,70734 a 0,70785) e os da folha Surubim (0,70634 a 0,70901) mostram uma maior variação. Analogias destes valores com os registrados na literatura, expressas em curvas de variação temporal, sugere que a deposição destes carbonatos indicam idade mínima de 520Ma e máxima de 725Ma para os mármores da folha Caruaru e enquanto os da folha Surubim apresentam menor variação com idade mínima de 525Ma e máxima de 720Ma. Intervalos de variação de tempo semelhantes são encontrados quando se usa a curva de evolução 87Sr/86Sr de rios e oceanos sugere idades de sedimentação para as lentes de Caruaru, em torno de 0,70-0,75Ga, e para Surubim em torno de 1Ga. Idades de deposição inferidas por curvas de variação temporal com isótopos de C e O sugerem idades máximas um pouco mais antigas para todas as lentes estudadas, sendo que as amostras de Caruaru indicam idade máxima de 0,95-1,0Ga, enquanto que as de Surubim indicam idade máxima de 0,95Ga. Estes resultados sugerem que os mármores estudados foram depositados durante um período de elevação do nível do mar, no evento Cariris Velhos, com metamorfismo presente provavelmente nos estágios finais deste evento. As razões 206Pb/204Pb nos mármores de Caruaru variam de 17,863 a 19,753 e nos de Surubim de 17,744 a 19,222, definindo uma idade de metamorfismo de 628Ma para os mármores de Caruaru e de 652Ma para os da folha Surubim. Apesar da dispersão de dados obtidos, estes são compatíveis aos valores propostos para metamorfismo de idade neoproterozóica. As características químicas e físicas destes mármores permitem classificá-los em termos metalogenéticos (indústria de construção civil e agropecuária), como mármore de boa qualidade, em função do poder de neutralização e poder relativo de neutralização total com teores superiores a 76% sendo indicado para a produção de corretivo de solos e cimentos, produtos importantes para a economia do Estado de Pernambuco |