O Recife underground : ditos e ritos da contracultura em Pernambuco (1968-1974)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, José Dário dos
Orientador(a): REZENDE, Antônio Paulo de Morais
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38311
Resumo: O presente trabalho versa sobre o fenômeno da contracultura, ambientado no Recife dos anos 1968 a 1974. É uma narrativa que se propõe a discutir a atividade de jovens, as questões que os moviam em seu tempo e todo o ideário que se formou em torno da noção de contracultura em Pernambuco nos referidos anos. Estrutura-se em três partes, que buscam de alguma forma discutir a contracultura enquanto conceito, enquanto movimento e enquanto significado. No primeiro capítulo pretendemos discutir a proposição conceitual da contracultura. Esse primeiro momento diz-nos da possibilidade e limites do conceito de contracultura. Ajuda a situar a discussão sobre o movimento histórico dos anos 60 e 70, mas também nos orienta em torno das variadas facetas que possui o universo de significado da crítica ao estabelecido. Pretendemos, com esse movimento teórico uma maior precisão conceitual e demonstrar a percepção que situa a crítica contracultural como uma visão de mundo que se estabelece na crítica ao establishment. Também nos valemos de teóricos como Marcuse, Norman G. Brown, Walter Benjamin para nos ajudar com alguns conceitos que possibilitam pensar os significados do movimento de rebelião juvenil. O segundo capítulo tenta demonstrar a cena do desbunde em Pernambuco, suas tendências, seus representantes, sua rede de sociabilidade, os espaços que frequentavam e o fragmentário ideário da cena da contracultura em Pernambuco. O terceiro capítulo acompanha a trajetória de Almir de Oliveira e do Ave Sangria. Da formação da banda ao complexo de censura no qual foram enquadrados, tentamos compreender o underground a partir da vivência e das memórias do baixista. O quarto capítulo discute os significados e reminiscências da contracultura no tempo presente. Desse modo, tentamos nos aproximar de signos contemporâneos que de algum modo retomam os ideais da contracultura. A leitura e análise desses signos apresenta-nos as mais diversas possibilidades, que vão de bens culturais consumidos na grande mídia, de comportamentos adotados por grupos de militantes até grupos artísticos que se valem da estética contracultural, nas utilizações de slogans que rememoram cotidianamente e veiculam os ideais de 1968 e da contracultura.