Eventos extremos máximos de precipitação na Sub-bacia 39 e o caso do alerta na cidade de Recife-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SALGUEIRO, João Hipólito Paiva de Britto
Orientador(a): MONTENEGRO, Suzana Maria Grico Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17063
Resumo: O aquecimento global vem preocupando a humanidade e os cientistas. Os efeitos por ele desencadeados, como os desastres naturais causados pelos extremos climáticos, desequilibra sistematicamente o ciclo hidrológico. As anomalias da temperatura da superfície do mar – TSM provocam os fenômenos El Niño e La Niña no oceano Pacífico e o Dipolo do Atlântico no oceano Atlântico. Esses fenômenos têm evidenciado regimes de secas ou enchentes em vários locais do Planeta, entre eles o Nordeste Brasileiro – NEB. O Painel Intergovernamental de Mudanças climáticas – IPCC previu para diversos cenários futuros ocorrências de secas mais intensas nos trópicos e subtrópicos, como também o aumento da frequência dos eventos fortes de precipitação sobre a maior parte da Terra. A parte leste do NEB vem frequentemente sofrendo com desastres naturais decorrentes das chuvas intensas precipitadas. Para melhor compreender o comportamento pluviométrico dos regimes extremos máximos nessa parte do NEB, foi escolhida para compor a área deste estudo, a Sub-bacia 39, localizada na Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental. Para isso, foram utilizadas as séries pluviométricas de longos períodos medidas em 16 estações no interior dessa área, sendo a série da cidade de Recife submetida a uma investigação sobre o comportamento da precipitação diária de 30 mm, considerada o alerta para a cidade, por sua capacidade de promover alagamentos e deslizamentos de encostas. As etapas metodológicas adotadas foram compostas pela detecção de tendências e mudanças no comportamento da precipitação pluviométrica, pela análise das alterações na frequência e finalmente pela verificação da influência da TSM nos eventos extremos máximos, a partir da precipitação diária máxima anual – PDMA. Os resultados mostraram que houve crescimento dessas variáveis nas regiões úmidas e subúmidas, evidenciando o dipolo do Atlântico como o sistema mais responsável pelos eventos extremos máximos, considerando também a favorabilidade de La Niña sobre a pouca influência do episódio El Niño.