Diferenciação taxonômica e funcional de hepáticas (Marchantiophyta) no gradiente altitudinal da Colômbia

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: SANCHEZ, Yeison Jaroc Lombo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco; UFPE; Brasil; Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
• Palavras-chave em Português: Biologia - Classificação; Botânica - Classificação; Hepáticas
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46900

A Colômbia é o país da América tropical com a maior riqueza de hepáticas, 705 espécies catalogadas. A partir de estudos florísticos e de taxonomia esta diversidade tem sido atribuída principalmente à heterogeneidade ambiental ao longo do amplo gradiente altitudinal de 0-5000 m. Todavia, ainda é desconhecido o papel deste gradiente altitudinal na diversidade taxonômica e ecológica das hepáticas no país. Assim, nesta pesquisa objetivou-se analisar os padrões de diversidade taxonômica, funcional e a composição funcional ao longo do amplo gradiente altitudinal, de 0-5000 m, da Colômbia, bem como testar a hipótese denominada efeito do domínio médio (i.e., aumento da riqueza de espécies em altitudes intermediárias) neste modelo de estudo. A distribuição das hepáticas e seus respectivos atributos funcionais foram compilados mediante pesquisa bibliográfica e em base de dados online. Foram selecionados atributos morfológicos do gametófito, celular, forma de vida e reprodução, relacionados à captação e manutenção hídrica, bem como a proteção à luminosidade. A diversidade taxonômica e os índices de diversidade funcional foram relacionados ao gradiente altitudinal a partir da One-Way ANOVA. A composição funcional foi calculada para cada faixa altitudinal usando medias ponderadas da comunidade (CWM) e observada por meio de análises de ordenação (PRINCALS). A relação das métricas de diversidade taxonômica, diversidade funcional e composição funcional com as faixas altitudinais foram avaliadas através de One-Way ANOVA. Uma relação unimodal entre as diversidades taxonômica e a funcional e o gradiente altitudinal foi observada, sendo os maiores valores registrados, de modo geral, nas faixas medianas compreendidas entre 14100-2500 m ; com exceção da equabilidade funcional que demonstrou o padrão inverso na faixa de 4100 -5000m. Observou-se substituição de atributos ao longo do gradiente e formação de grupos funcionais característicos de cada faixa altitudinal, tendo em vista que a grande maioria dos atributos analisados apresentou relação positiva ou negativa com o gradiente. O efeito do domínio médio foi explicativo para a distribuição das diversidades taxonômica e funcional ao longo do gradiente altitudinal, provavelmente devido aos filtros ambientais que selecionam os atributos funcionais das hepáticas, em particular àqueles relacionados à proteção contra a incidência de luz e, principalmente, a absorção e retenção hídrica. Neste sentido, as hepáticas respondem aos filtros ambientais e se configuram como um excelente modelo para testar métricas de composição e diversidade em função de gradientes ambientais, dentre eles, o altitudinal.