Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Allana Karoline Fernandes Nobre da |
Orientador(a): |
MUNIZ, Gisélia de Santana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52073
|
Resumo: |
Dietas com o aumento no teor de lipídios e diminuição no teor de carboidratos, como a cetogênica, utilizadas em períodos de crescimento e desenvolvimento, como a lactação, é de interesse científico, visto que podem predispor o organismo a maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta. Objetivou-se avaliar os efeitos da dieta cetogênica durante a lactação de ratas sobre a composição corporal, parâmetros bioquímicos, percentual de gordura hepática, e expressão da proteína AKT total da via de sinalização de insulina no músculo esquelético da prole (machos e fêmeas). Foram utilizadas 16 ratas Wistar, nulíparas, 56 filhotes fêmeas e 58 filhotes machos provenientes das ratas. Após o parto, as ratas foram designadas para os grupos experimentais: Grupo Controle (dieta controle, GC, n=8) e Grupo Cetogênico (dieta cetogênica, GK, n=8). Os filhotes de ambos os grupos foram designados: Grupo Controle Macho (GCM, n=28), Grupo Controle Fêmea (GCF, n= 30), Grupo Cetogênico Macho (GKM, n=30) e Grupo Cetogênico Fêmea (GKF, n=26). Durante a lactação, o GC recebeu a dieta AIN-93G (3,6cal/g, 18% proteínas, 63% carboidratos e 19% de lipídios), e o GK recebeu a dieta cetogênica (5,4cal/g; 19% proteínas, 10% carboidratos e 71% de lipídios). Após o desmame, as proles de ambos os grupos receberam dieta comercial até os 90 dias de vida. Nas ratas lactantes foram quantificados o peso corporal e o consumo alimentar e energético. Nos filhotes in vivo, foram quantificados o peso corporal e o consumo alimentar. Aos 90 dias de vida foram realizados os testes de tolerância à glicose (GTT) e testes de tolerância à insulina (ITT). ~100 dias pós-natal os filhotes foram eutanasiados e foram analisados o peso úmido dos órgãos, composição bioquímica do soro, percentual lipídico do tecido hepático e expressão de proteína AKT total da via de sinalização de insulina no músculo esquelético. Os resultados foram expressos em média e desvio padrão, considerou p<0,05 para diferença estatística. As ratas lactantes do GK apresentaram um menor consumo alimentar no final da lactação, mas não houve diferença no consumo energético. O GKM apresentou menor ganho de peso entre os 30 e 90 dias de vida. O GKM apresentou maior concentração de glicose plasmática no ponto de tempo de 30’ do GTT, e o GKF no ponto de tempo de 60’; No ITT o GKM apresentou maior concentração de glicose plasmática na maioria dos pontos de tempo analisados, e o GKF nos pontos de tempo 0’ e 30’, o que acarretou uma maior área sob a curva glicêmica para este grupo. O GKM apresentou menor peso da gordura abdominal, e o GKF apresentou maior peso da gordura abdominal, do fígado e dos músculos sóleo e EDL. O GKM apresentou maior concentração sérica de colesterol total, colesterol LDL e colesterol HDL, já o GKF apresentou menor concentração sérica de glicose e maior concentração de triglicerídeos. O consumo materno da dieta cetogênica rica em gordura saturada durante a lactação acarretou mudanças no ganho de peso e na composição corporal da prole na vida pós-natal, estando associado ao aumento das frações lipídicas circulantes, e comprometimento da glicemia mediante testes de tolerância à glicose e à insulina, sendo alguns desses resultados divergentes entre os sexos. |