Harmonia e conflito : o romance como formador nacional em Iracema e Aves sin nido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ARAÚJO, Isabelle Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50816
Resumo: As nações latino-americanas passaram, durante o século XIX, por um processo de sedimentação política e cultural após suas declarações de independência, uma vez que o estabelecimento de uma nação soberana exigia demonstrações de sua coesão. Tais demonstrações não surgiram apenas nos campos militar e político, mas também no cultural, e a literatura foi ferramenta dessa consolidação, em especial as chamadas “ficções de fundação” cuja finalidade era representar um projeto político nacional, envolvendo seu público por intermédio da narrativa, em particular do gênero romance. É nosso objetivo investigar as propostas nacionais de Iracema (1865) e Aves sin nido (1889) – aqui considerados romances de fundação – a partir de suas dimensões narrativa, histórica e política e analisá-los, individual e comparativamente. Buscamos, com isso, compreender os contextos teórico-filosóficos nos quais se inserem os romances, baseando-nos, dentre outros autores, em Sommer (2004) e Anderson (2008), observando particularmente como os povos nativos são representados, analisando o desenrolar dos romances entre os casais representativos de cada nação e quais os possíveis significados de seu amor: há chance para harmonia entre esses povos ou conflito é sua única alternativa? Destacamos, também, o papel crucial que seus autores tiveram no século XIX, e; que, de certa forma, se estende até nossa atualidade. Ambos são formadores da autopercepção nacional de seus povos.