Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Patrícia de Freitas, Emília |
Orientador(a): |
da Conceição Carrilho de Aguiar, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4138
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo compreender o percurso formativo dos arte/educadores que desenvolvem o ensino de Arte nas organizações do Terceiro Setor. Duas organizações da Região Metropolitana do Recife (RMR) participaram deste estudo: o Grupo AdoleScER e o Movimento Pró-Criança. A partir dos estudos de Varela (1988) e Barbosa (1984) vimos que a formação do professor de arte já era uma preocupação das Escolinhas de Arte do Brasil e do Movimento das Escolinhas de Arte, onde, a partir da década de 60 do século passado, organizaram e executaram cursos, oficinas, encontros, discussões sobre a arte e seu ensino, com ênfase nos Cursos Intensivos de Arte na Educação (CIAE). Para a construção deste estudo, optamos por uma Abordagem Qualitativa de pesquisa e utilizamos como instrumentos e procedimentos de investigação as entrevistas semiestruturadas com os 20 (vinte) arte/educadores e 04 (quatro) gestores/coordenadores das organizações e, ainda, a observação participante. Como procedimentos para organização, tratamento e análise dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo (BARDIN, 1997). Dos 20 (vinte) arte/educadores que colaboraram/participaram deste estudo, 16 (dezesseis) deles no período de realização das entrevistas tinham apenas o Ensino Médio completo e experiências em cursos profissionalizantes nas suas respectivas áreas de interesse/linguagem artística que ministravam. Diante desse quadro, percebemos que as organizações investigadas elaboram e executam formações continuadas para os seus arte/educadores, que se configuram por encontros semanais, ao longo de todo o ano de atividades. Tais encontros não apresentam uma metodologia específica e proporcionam não apenas a aprendizagem de conteúdos, técnicas e procedimentos, mas também a construção de vínculos de companheirismo entre seus integrantes. As formações construídas/mobilizadas pelas organizações para o desenvolvimento profissional dos arte/educadores são, de fato, contínuas, com relações horizontais, preocupadas com o ensino aprendizagem dos conteúdos/técnicas das linguagens artísticas específicas e conectadas aos desafios da vida e do cotidiano dos alunos. Além das formações propostas pelas organizações aos seus arte/educadores, os mesmos são incentivados a participar de encontros, cursos, oficinas, palestras, fora do contexto organizacional. Os arte/educadores também se preocupam com a sua própria formação, por isso, investem em leituras, troca de experiências entre seus pares e têm interesse em iniciar e/ou continuar seus estudos no âmbito da graduação e/ou pós-graduação. As organizações do Terceiro Setor investigadas e seus arte/educadores não têm uma concepção única de ensino de arte e de formação de professores, utilizando-se tanto de técnicas tradicionais de ensino, como também, de abordagens mais contemporâneas da arte/educação. Tal hibridismo pode ser visto nas formações ocorridas para os arte/educadores, que priorizam o ensino-aprendizado de técnicas/conteúdos, sem perder de vista, porém, a relação dessas mesmas técnicas/conteúdos com os problemas e/ou o contexto sócio-político-econômico-cultural dos alunos e, por consequência, de suas famílias e de suas comunidades |