Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
PINTO, Kássio Kramer Moraes |
Orientador(a): |
MONTENEGRO, Suzana Maria Gico Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos em Rede Nacional (ProfÁgua)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39325
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Resumo: |
O Brasil possui grande oferta água, mas apresenta acentuada diferença entre suas regiões no que diz respeito à oferta e à demanda hídrica, como por exemplo os casos da região norte e nordeste. A região norte é a que possui maior disponibilidade hídrica per capita e, com a densidade demográfica de apenas 4,12 hab/km², tem cerca de 68,5% da água disponível. Em oposição à Região Hidrográfica Amazônica que possui abundância está a Região Hidrográfica Atlântico Norte – Nordeste que apresenta escassez. Essa região possui aproximadamente 20% da população, com mais de 30 milhões de habitantes, e a disponibilidade hídrica de apenas 5% com o per capita de 9 mil metros cúbicos por habitantes por ano. Além do desequilíbrio, as perdas nos sistemas de abastecimento são um agravante para a disponibilização de água à população. Entre 2017 e 2019, no sistema responsável por abastecer aproximadamente 100.000 habitantes na área urbana de Santa Cruz do Capibaribe no agreste de Pernambuco, foi identificado um índice muito elevado de perdas não aparentes no trecho adutor de água bruta, em média 30% do volume ofertado pelo sistema. Essas perdas foram identificadas comparando-se o volume que foi recalcado da estação elevatória de água bruta ao lado da barragem Gercino Pontes (principal manancial da região) e o quanto foi recebido pelas estações de tratamento de água Poço Fundo I, Machado e Pão-de-Açúcar. Diante desse cenário, traçou-se o objetivo de avaliar no período entre janeiro de 2017 e abril de 2019 as perdas financeiras e volumétricas do trecho adutor. Complementarmente propor alternativa de engenharia para melhorar o monitoramento das perdas, uma alternativa para abastecimento de água para a comunidade marginal a adutora e a quantificação da vazão para atendimento dos diversos usos da água existentes. A avaliação volumétrica e financeira foi realizada utilizando dados operacionais em quatro unidades do sistema de abastecimento: estação elevatória de água bruta de Tabocas, ETA Poço Fundo 1, ETA Macho e ETA Pão-de-Açúcar, e utilizando a tarifa vigente em cada período. A melhoria no monitoramento proposta baseou-se na construção de unidades de monitoramento alimentadas a energia solar. Já a avaliação dos usos e consequentemente a solução de abastecimento foram desenvolvidas baseados em uma pesquisa com os usuários. Os resultados obtidos, levando em consideração os 28 meses avaliados, foram de perda percentual de 32%, perda volumétrica: 2.204.321 m³; perda de faturamento: R$ 8.956.309,88; 220.432 residências que deixaram de ser abastecidas e 815.599 habitantes que deixaram de ser abastecidos. Os resultados obtidos convergiram com o objetivo e permitiram o desenvolvimento de dois produtos, uma sugestão de melhoria para a Norma de Projeto de Engenharia 11 da empresa de saneamento e uma nota técnica indicando a viabilidade financeira para implantação de um sistema de abastecimento para a comunidade próxima a barragem. |