Interação Universidade-Empresa: estudo das relações de cooperação entre os grupos de pesquisa da UFPE e a indústria farmacêutica. O caso de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: HOLANDA, Fabiana Carneiro Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26376
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi investigar o cenário das relações de cooperação entre os grupos de pesquisa da UFPE e a indústria farmacêutica identificando as principais facilidades, dificuldades, oportunidades e ameaças dessas interações, além de apontar ações estratégicas para melhoria na relação Universidade-Empresa (U-E). A pesquisa utilizou fontes de informação primárias e secundárias. Foram aplicados questionários tanto aos coordenadores dos grupos de pesquisa da UFPE que interagiram com empresas da indústria farmacêutica do ano de 2006 a 2014, quanto a dois representantes das empresas parceiras que resultaram no Estudo de Caso deste trabalho. Foi aplicada a ferramenta SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats) para apontar as principais facilidades, dificuldades, oportunidades e ameaças vivenciadas pelos entrevistados no processo de interação entre a universidade e as empresas. Como principais facilidades, a presente pesquisa identificou a Elaboração do Termo de Cooperação; Existência de pessoal qualificado nas empresas para estabelecer um diálogo com a universidade; Facilidade de comunicação e Capacidade de Absorção das empresas. Algumas dificuldades encontradas no trabalho sobre a interação foram a Burocracia Universitária; Longa duração do projeto; Diferenças de prioridade; Falta de conhecimento mútuo dos agentes da relação; Falta de pessoal qualificado na universidade para estabelecer um diálogo com as empresas; Falta de um agente intermediador para auxiliar as questões técnico-administrativas da interação; Divergências em relação aos direitos de propriedade intelectual e publicação dos resultados da pesquisa. Ainda, foram identificadas como principais ameaças o Grau de desenvolvimento do complexo industrial e a Estratégia Tecnológica das empresas locais e oportunidades. Competência tecnológica da ICT; Políticas Públicas para inovação; Reconhecimento da universidade como fonte de informação tecnológica; Investimento em P&D, foram apontadas como principais oportunidades. A matriz SWOT gerada neste trabalho aponta para a necessidade da universidade i) fortalecer seu núcleo de inovação tecnológica de maneira que este consiga contribuir para aproximar a universidade com o setor produtivo, ii) otimizar as ações de auxílio à pesquisa da FADE, iii) estabelecer ações efetivas de conhecimento mútuo entre os atores tanto no que se refere às competências da universidade quanto aos problemas e demandas da indústria e iv) explorar ao máximo as possibilidades trazidas pelo Novo Marco Legal de C.T&I. Ressalta-se, ainda, no ambiente do setor da indústria farmacêutica, a necessidade da criação de Políticas Públicas mais assertivas e eficazes destinadas ao setor de maneira a efetivamente fortalecê-lo, impulsionando o lançamento de produtos de maior valor inovativo e agregado, e diminuindo a dependência brasileira por insumos importados. Espera-se que esta pesquisa possa disponibilizar para a universidade, governo e sociedade uma gama de informações de modo a gerar subsídios para ações estratégicas de desenvolvimento de parceria entre a UFPE e as empresas da indústria farmacêutica visando o fortalecimento desse arranjo produtivo de grande potencial para Pernambuco e que as relações U-E sejam cada vez mais frequentes e profícuas.