Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
CUNHA, Maximiliano Heleno Alexandre |
Orientador(a): |
MELO, Heloísa Ramos Lacerda de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46188
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Resumo: |
O número de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHIV) a partir dos 50 anos tem aumentado progressivamente. E têm sido associados à maior prevalência de comorbidades, podendo ocasionar maior frequência de polipatologia. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência de polipatologia e sua associação com níveis de linfócitos TCD4+, carga viral, duração, e o tipo de TARV em pessoa vivendo com HIV/Aids com 50 anos ou mais atendidos em dois serviços de referência em HIV/Aids do Recife no período de 2007 a 2021. Foi realizado um estudo de transversal prospectivo analisando-se amostra da população de a partir de 50 anos de idade com HIV/Aids com experiência em terapia-antirretroviral (TARV). Esses pacientes foram investigados quanto as características biológicas (sexo, idade e raça), sociodemográficas, comportamentais e exames clínicos laboratoriais incluindo (níveis de LTCD4+ e carga viral) e a presença de comorbidades, duração, e tipo de antirretrovirais através de dados secundários de prontuários médico e questionário aplicado aos pacientes. Polipatologia (Pp) foi definida como a presença concomitante de ≥2 comorbidades não infecciosas, que incluiu doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes mellitus, fraturasósseas e insuficiência renal e outras. Modelos de regressão logística foram construídos para avaliar preditores associados de comorbidades não infecciosas e polipatologia. A prevalência de polipatologia em pacientes vivendo com HIV com 50 anos de idade ou mais foi de 68%, enquanto que 16% apresentaram doenças oportunistas ou coinfecção. A média de idade dos pacientes foi de 61 anos, e o sexo feminino foi o mais frequente (51,90%). As principais comorbidades foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e depressão. Na análise multivariada foi observado que polipatologia esteve associado ao CD4 pré TARV (P=<0.001), ao uso prolongado de combinações de antiretrovirais (Tenofovir, Lamividina, Darunavir, Ritonavir) P=0.001 e (Tenofovir, Lamivudina, Dolutegravir) P= 0.009. A maioria dos pacientes vivendo com HIV com 50 anos ou mais em uso de tratamento antirretroviral desenvolvem polipatologia. Os resultados mostram que o nívelde linfócitos TCD4+ e carga viral tiveram pouca ou nenhuma relação com a presença de polipatologia nessa população, e que o estilo de vida parece contribuir para o aparecimento precoce de polipatologia. |