Indigofera suffruticosa MILL (FABACEAE): estudo da biologia reprodutiva de machos de Aedes aegyptis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Tainá Maria Santos da
Orientador(a): LEITE, Sônia Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34176
Resumo: A Indigofera suffruticosa Mill (Fabaceae) ocorre em abundância no nordeste brasileiro e tem intenso uso popular no tratamento de infecções, inflamações e outros processos, sem relatos de efeitos colaterais nocivos ao ser humano. Diversas atividades biológicas são comprovadas como: antiinflamatória, anticâncer, antitumoral, protetor do fígado e baixa toxicidade são relatadas para esta planta. Foi demonstrado que o extrato aquoso de folhas de I. suffruticosa (EAFIs) inibem o desenvolvimento da eclosão dos ovos, a ecdise das larvas e o efeito deterrente na oviposição de mosquitos de Aedes aegypti. Com base nisso, o objetivo do estudo foi investigar a fragilidade osmótica, propriedade citotóxica e avaliar a biologia reprodutiva dos machos de Ae. aegypti expostos ao EAFIs. Para assegurar que o EAFIs não possui toxicidade foi realizado dois experimentos preliminares: o ensaio de fragilidade osmótica com sangue de carneiro e efeito citotóxico no ensaio Allium cepa. Para o experimento da biologia reprodutiva de Ae. aegypti foi investigado o desenvolvimento reprodutivo utilizando larvas de último instar (L4) que foram expostas a diferentes concentrações do EAFIs (50μg/mL, 250μg/mL, 500μg/mL, 1000μg/mL), tendo água destilada como controle, após a emergência foi retirado o aparelho reprodutor para realizar medições. Para o experimento do comportamento reprodutivo foram utilizados adultos machos virgens, onde foram separados em três grupos: grupo A – machos sem exposição do EAFIs; grupo B – machos após a exposição de 24h do EAFIs foi realizado a cópula - grupo C – machos após a exposição de 24h do EAFIs + presença do EAFIs na gaiola durante a cópula, a concentração utilizada foi a de 500μg/mL. Após completar a exposição, um macho e seis fêmeas foram colocados na gaiola durante vinte minutos para observar o tempo e número de cópula. O resultado dos experimentos preliminares para a fragilidade osmótica eritrocitária apresentou baixo nível de hemólise e para a avaliação citotóxica frente a Allium cepa não foram identificadas anormalidades cromossômicas. O desenvolvimento reprodutivo dos testículos e glândulas do Ae. Aegypti em a presença EAFIs quando comparado ao controle não apresentaram diferença significativa. O comportamento reprodutivo dos machos de Ae. Aegypti do grupo C apresentou aumento significativo no número de cópulas, porém, resultou em uma drástica diminuição no número de ovos colocados pelas fêmeas. Os grupos A e B não apresentaram alterações na cópula e oviposição. Diante disso, o EAFIs demonstrou baixo nível de toxicidade. No estudo da biologia reprodutiva de Ae. aegypti em presença dos voláteis do EAFIs, não foram encontradas alterações morfológicas no aparelho reprodutor, porém, afetou o comportamento no processo de cópulas.