Ocorrência, biologia e movimentação do tubarão cabeça-chata, Carcharhinus leucas, no litoral nordeste do Brasil
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17318 |
Resumo: | Os tubarões cabeça-chata (Carcharhinus leucas) são importantes predadores de topo, sendo um dos poucos condrictes capazes de sobreviver tanto em ambiente marinho como de água doce devido a especializações fisiológicas. O objetivo desse trabalho consistiu em analisar a estrutura populacional e a biologia dos tubarões C. leucas capturados no âmbito do Projeto de Pesquisa e Monitoramento de Tubarões no Estado de Pernambuco, além de estudar os seus movimentos utilizando transmissores acústicos e por satélite. Um total de 18 tubarões cabeça-chata foram amostrados na costa da Região Metropolitana do Recife entre maio de 2004 e dezembro de 2014, utilizando espinhéis de fundo e linhas de espera, lançados nas praias de Boa Viagem, Piedade e Paiva. Os animais capturados vivos foram marcados e liberados, enquanto aqueles que não sobreviveram foram encaminhados ao laboratório para análise da biologia reprodutiva e do conteúdo estomacal. A ocorrência local de C. leucas foi investigada utilizando modelos aditivos generalizados (GAM). As alterações morfológicas encontradas em dois espécimes foram investigadas por meio de radiografias, dissecações e análises de poluentes. Houve uma maior probabilidade de captura nas praias de Boa Viagem e Piedade. Foi observada uma maior ocorrência de C. leucas entre os meses de novembro e fevereiro e durante períodos de lua cheia, com uma presença mais provável com ventos mais fracos, temperaturas da superfície do mar mais quentes e baixos índices pluviométricos. Foram encontradas baixas concentrações de poluentes orgânicos nos indivíduos que apresentaram deformações esqueléticas, sugerindo outras fontes para o fenótipo observado. O tubarão monitorado realizou a maior movimentação descrita para um macho dessa espécie, alternando o seu modo de deslocamento entre residente e transiente e utilizando preferencialmente águas da plataforma continental brasileira, tendo ainda entrado em uma região estuarina. Este estudo ressalta a importância dos ambientes costeiros para os tubarões cabeça-chata e fornece informações importantes para o manejo dessa espécie nessa parte do Oceano Atlântico, além de subsidiar o desenvolvimento de estratégias de mitigação do risco de ataque de tubarão em Pernambuco. |