Constipação crônica funcional em crianças: alimentação e ocorrência de bifidobacterium lactobacilos na microbiota fecal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moraes, Joyce Gomes de
Orientador(a): Silva, Giselia Alves Pontes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12920
Resumo: A Constipação Intestinal Crônica Funcional (CICF) é uma entidade nosológica complexa e multifatorial. Constitui a maior causa de constipação intestinal na população infantil, com frequência significativa em lactentes. Estudos mostram que crianças com CICF apresentam a microbiota alterada, sendo o baixo teor de fibras na dieta considerado como uma possível explicação para esse achado. O nosso objetivo foi: comparar crianças constipadas e não constipadas quanto à microbiota fecal, utilizando como modelo os gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus; analisar o consumo de frutas, legumes, vegetais e guloseimas nos dois grupos de crianças e verificar se houve associação do tipo de parto, presença de aleitamento materno, prematuridade, história familiar de constipação e a presença de CICF. As crianças foram recrutadas no Centro de Saúde Antônio Luís de Souza (CSALS), em Camaragibe-PE. Foram considerados casos crianças entre seis e 36 meses de idade que preencheram os critérios de Roma III para CICF. O grupo comparativo tinha a mesma faixa etária. O grupo caso foi formado por 39 crianças e o comparativo, por 40 crianças. As mães das crianças responderam a formulários sobre eventos do pré-natal e pós-natal imediato, aleitamento e condições econômicas. Foi realizada avaliação nutricional e da ingestão alimentar das crianças, sendo a última por intermédio de um questionário de frequência alimentar. As crianças tiveram amostras de fezes coletadas e analisadas por SYBR® Green. Não houve diferença estatística entre o consumo de frutas, legumes, verduras e guloseimas entre os grupos. As crianças constipadas consumiram significativamente mais produtos lácteos (p> 0,001) quando comparadas às crianças não constipadas. Não houve diferença estatística quanto ao teor de Bifidobacterium por miligramas de fezes entre os grupos, as crianças constipadas apresentaram um teor significativamente menor de Lactobacillus por miligramas de fezes (p=0,015) quando comparadas às crianças não constipadas. Foi verificado ainda que entre as crianças constipadas uma maior freqüência de parto cesáreo, menor tempo de aleitamento materno e história familiar para constipação positiva.