Invisibilidade sobre os perigos dos agrotóxicos utilizados pela saúde pública no Brasil: até quando?
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30742 |
Resumo: | As abordagens de controle das arboviroses: Dengue, Chinkugunya e Zika vírus, tem mantido a aplicação de inseticidas químicos como principal estratégia de controle do mosquito transmissor – Aedes aegypti – nos protocolos dos programas oficiais de controle nos municípios. Esses produtos químicos utilizados na saúde pública quando somado ao uso indiscriminado pelo agronegócio colocam o Brasil na posição de maior consumidor de agrotóxico no mundo. Contudo, devido à sua ação toxicológica e biocida, o uso dessas substâncias traz consigo efeitos indesejados, tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente. A presente dissertação objetiva analisar o conhecimento, atitude e prática da população sobre os perigos e cuidados de proteção à saúde humana diante do uso de agrotóxicos no controle vetorial de Aedes aegypti. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado no município de Serra Talhada (PE). Aplicou-se um questionário sobre conhecimento, atitude e prática (CAP) a 304 residentes selecionados por amostragem aleatória - composto por questões acerca dos perigos no uso de agrotóxicos no controle vetorial de Aedes. As variáveis do CAP foram dimensionadas em adequada ou suficiente e não adequada ou insuficiente. Utilizou-se estatística descritiva para organização dos resultados. A maioria dos entrevistados, 161 (52,96%) nunca ouviu falar sobre o uso de produtos químicos no controle de Aedes aegypti. Sobre os produtos utilizados pelos Agentes de Combate a Endemias (ACE) 253 (83,22%) entrevistados relataram não ter conhecimento sobre o assunto e 115 (37,83%) não reconhecem tais produtos como agrotóxicos. Quanto à importância de utilizar químicos no controle do vetor, 212 (69,74%) entrevistados opinaram positivamente ao atual método de controle, pois ajuda a diminuir as muriçocas, 98 (46,22%) e as doenças causadas pelo mosquito, 47 (22,17%). A maioria dos entrevistados, 167 (55,12%) já observou larvas de mosquito em seus reservatórios de água e a limpeza é realizada num período superior a 30 dias, 154 (50,66%). Sobre as práticas de proteção contra exposição química, 202 (66,45%) moradores afirmaram que o carro fumacê já passou na rua em que mora e assume positividade a estratégia. A comunidade possui conhecimento insuficiente sobre os agrotóxicos utilizados nos domicílios e peridomicílios. Demonstra ainda, atitude inadequada sobre o uso dessas substâncias no controle vetorial de Aedes aegypti e práticas inadequadas tanto sobre os cuidados ambientais nos domicílios e peridomicílios visando à eliminação dos criadouros quanto sobre a proteção contra exposição química. |