O Brasil emergente nas páginas de The economist: relações entre economia e discurso no governo Lula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Paulo Procópio de Oliveira Santos, Pedro
Orientador(a): Maria de Azevedo Mello Gomes, Isaltina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2893
Resumo: Este trabalho analisa a cobertura do Brasil emergente nas páginas do jornal britânico The Economist a partir das relações entre economia e discurso na cobertura dos oito anos da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. As questões centrais desta pesquisa são: Que estratégias discursivas são utilizadas pelo veículo nas diferentes fases desse governo? Por que ocorrem mudanças no discurso sobre a gestão do ex-presidente? Acreditamos haver três fatores responsáveis pela alteração nessa linguagem: as estratégias discursivas utilizadas por The Economist no início do Governo Lula se baseiam na desconfiança e no medo, devido à ideologia socialista do ex-chefe de Estado brasileiro e à sua origem popular; ainda no primeiro mandato, graças ao cumprimento de acordos e pagamento de dívidas, o discurso sobre Lula torna-se de confiança e, no fim do mandato, o veículo adota um discurso que enaltece a sua política econômica, defendendo a continuidade do seu modelo de gestão por conta do crescimento, além da estabilidade monetária alcançados pela nação. O trabalho analisou dezenas de matérias publicadas entre 2002 e 2010, cujo aporte teórico se concentra na Análise do Discurso com base em autores como Charaudeau, Courtine, Maingueneau, Orlandi e Pêcheux. A AD atende os anseios desta tese graças à compreensão de que a ideologia, o poder e a política estão presentes na linguagem. Dessa forma, concluimos que o vínculo ideológico estabelecido entre Lula e The Economist foi um dos principais reponsáveis pela mudança no discurso acerca do político, que de possível caloteiro e desordeiro, transforma-se, por intermédio das estratégias discursivas do periódico, no responsável pelo maior sucesso econômico da América Latina