Tratamento com fluoxetina em ratos neonatos: efeitos na bioenergetica mitocondrial e estresse oxidativo no fígado de ratos adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ALVES, Aiany Cibelle Simoes
Orientador(a): FERNANDES, Mariana Pinheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24873
Resumo: Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são uma classe de antidepressivos como a fluoxetina, citalopram, sertralina entre outros, que são prescritos para mulheres grávidas e lactantes para o tratamento de depressão, expondo fetos e crianças a droga durante períodos críticos de desenvolvimento. Estudos recentes demonstraram que a exposição ao tratamento com fluoxetina induz a produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROs) e altera as defesas antioxidantes em vários tecidos, principalmente no fígado. Quando a fluoxetina é administrada por via intraperitoneal, o fármaco atinge rapidamente concentrações elevadas no fígado, que pode ter múltiplos efeitos potencialmente tóxicos no metabolismo energético mitocondrial hepático. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do tratamento farmacológico com fluoxetina durante a lactação na bioenergética mitocondrial e estresse oxidativo no fígado de ratos adultos. Para realizar este estudo, filhotes de ratos do 1º ao 21º dia pós-natal foram tratados com fluoxetina (grupo Fx) ou veículo (grupo controle, Ct). Foi avaliado o consumo de oxigênio mitocondrial, o controle respiratório, a produção mitocondrial de espécies reativas, integridade de membrana mitocondrial, biomarcadores de estresse oxidativo (malondealdeido-MDA, carbonilas e níveis de grupamentos sulfidrilas-SH), atividade de enzimas antioxidantes (atividade da superóxido dismutase-SOD, catalase-CAT e glutationa S-transferase-GST) e níveis de glutationa reduzida (GSH) no fígado de ratos machos aos 60 dias de idade. Nossos resultados mostraram, que o tratamento com Fx durante o período crítico do desenvolvimento resultou em peso corporal reduzido, melhora da capacidade respiratória mitocondrial, menor inchamento mitocondrial, diminuição de biomarcadores de estresse oxidativo (305% MDA, *p<0,05), aumento nos níveis de grupamentos sulfidrilas-SH (14% nos níveis de SH, *p<0,05) e aumento de defesas antioxidantes enzimáticas (115% SOD, *p<0,05; 94% CAT, **p<0,01 e 13% GST, *p<0,05), no fígado de ratos adultos. Nossos resultados sugerem que o tratamento farmacológico com fluoxetina durante um período crítico do desenvolvimento pode melhorar a capacidade respiratória mitocondrial e o metabolismo oxidativo do fígado de ratos na vida adulta.