Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
GALVÃO, Milena Domingos Cruz Zarzar |
Orientador(a): |
LIMA, Marilia de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33783
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Resumo: |
A percepção materna sobre o estado nutricional de seus filhos é essencial para a prevenção e tratamento de distúrbios nutricionais na infância. As mães normalmente são as principais responsáveis pela alimentação do filho e portanto, mediadoras na formação dos padrões alimentares da criança. O reconhecimento adequado do estado nutricional do filho pode contribuir para a busca e manutenção de um peso saudável, especialmente diante da crescente prevalência de obesidade infantil. Assim, delineamos um estudo cujo objetivo foi avaliar a percepção materna sobre estado nutricional de seus filhos e investigar os fatores associados a essa percepção. Trata-se de um estudo transversal com amostra de 220 pares de mães e filhos, com crianças na faixa etária entre sete e 10 anos atendidas nos Ambulatórios de Puericultura e Pediatria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. O desfecho consistiu da percepção materna sobre o estado nutricional de seus filhos avaliada por uma escala de silhuetas e por descritores verbais através da pergunta “como a senhora avalia o peso do seu filho?” e as opções de resposta: magro, normal, gordo, e muito gordo. Como variáveis independentes avaliamos as características socioeconômicas e demográficas maternas, fatores biológicos da criança, estado nutricional dos pares (avaliado pelo Índice de Massa Corporal – IMC) e informações relativas à assistência à saúde recebida no atendimento ambulatorial. O excesso de peso da criança foi definido pelo escore Z ≥ 1 do IMC/idade. A percepção materna foi comparada ao IMC/idade da criança e classificada como adequada ou inadequada. O percentual de percepção materna inadequada avaliada através de descritores verbais sobre o IMC do filho foi 54,5%. A análise de regressão logística multivariada mostrou que mães com renda familiar per capita ≤ 0,50 salário mínimo e com até oito anos de estudo apresentaram chance significantemente maior de erro de percepção. Não houve associação significante entre características das crianças com a percepção materna, entretanto, verificamos uma tendência de maior chance de percepção inadequada entre mães de crianças com excesso de peso e nas mais jovens.Concluímos que as condições socioeconômicas influenciam a percepção materna sobre o estado nutricional de seus filhos. As mães apresentam imprecisão em reconhecer o peso corporal das crianças, especialmente quando possuem menor renda familiar per capita e baixo nível de escolaridade. Intervenções na educação em saúde, que promovam o reconhecimento materno sobre o peso do filho, devem ser incentivadas com o objetivo de prevenir prejuízos futuros à saúde e assegurar que a criança alcance plenamente o seu potencial físico, social e intelectual. |