Resumo: |
O estudo em questão analisa como a violência de gênero é perpetuada e naturalizada no decorrer dos anos e como as informações estatísticas evidenciam esse problema social. Face ao que se expõe, a indagação do presente trabalho se configura a partir do problema que se segue: Como a teoria da Dominação Masculina de Bourdieu pode compreender o quadro das ocorrências de feminicídio no Brasil representado nas informações estatísticas? Diante desse cenário, o objetivo dessa dissertação se concentra em promover uma reflexão social e crítica sobre as informações que mostram o quadro das ocorrências de feminicídio no Brasil, segundo a análise de Bourdieu sobre a dominação masculina. Especificamente, analisa a construção social pautada na estrutura patriarcal; identifica o que mantém em ação esse tipo de dominação; estabelece uma conexão entre a dominação masculina e a violência contra as mulheres, com base nas informações estatísticas nacionais; e, aponta os fatores responsáveis pela perpetuação desses crimes. Do ponto de vista metodológico, esta é uma pesquisa bibliográfica. De acordo com os fundamentos da proposta teórico-metodológica como proposto por Bezerra (2019), a análise e interpretação dos dados desenvolve uma reflexão sobre as informações estatísticas de feminicídio e violência contra as mulheres. Tal reflexão é fundamentada nas observações de Bourdieu (2012) que correspondem à dominação masculina a qual os aspectos históricos do patriarcalismo apresentam. Nesse sentido, um dos fundamentos utilizados nesta pesquisa de acordo com Minayo (2007) consiste em entender como se dá o conjunto de expressões humanas constantes nas representações sociais, com aprofundamento no campo das Ciências Sociais, uma abordagem também do campo da Ciência da Informação, que busca investigar problemáticas sociais como o caso da violência contra a mulher e o feminicídio. Observa-se que a dominação masculina a qual Bourdieu disserta evidencia, de forma materializada, diante das informações estatísticas, uma realidade cada vez mais machista e misógina. |
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