Ressignificações linguístico-pragmáticas na literatura de formação profissional sobre teoria organizacional: indexando fragilidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: MOURA, Guilherme Lima
Orientador(a): XAVIER, Antonio Carlos dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6998
Resumo: Esta tese de doutorado analisa fragilidades conceituais presentes nos manuais de Teorias Administrativas (TA), usados como referência primária nas construções dos significados básicos da Administração, junto aos alunos dos cursos de graduação das maiores e mais importantes Instituições de Ensino Superior brasileiras. Seu interesse analítico essencial são os problemas oriundos do uso (e abuso) de metáforas no discurso científico como apresentado em tais manuais. Sua perspectiva teórica, contrapondo-se a uma concepção de significado na qual o discurso científico seria o espaço de uma literalidade plena, apoia-se em concepções semântico-pragmáticas no campo da Linguística e da Filosofia da Linguagem, para reconhecer a presença inevitável e não necessariamente danosa das metáforas no discurso científico. A partir daí, ela desenvolve uma discussão teórica sobre metáforas, entendendo-a como um fenômeno linguístico-cognitivo de natureza semântico-pragmática, e dessa forma chega à provocativa pergunta: haveria falhado a metáfora? . Ao analisar os manuais de TA, confirma a hipótese de que a literatura de formação profissional em Administração, usada na educação dos futuros administradores por todo o país, é marcada por uma série de fragilidades conceituais básicas que, ao simplicizarem a complexidade dos fenômenos organizacionais, resultam em um empobrecimento conceitual pelo uso (ou abuso) metafórico. Indo além das metáforas, caracteriza tais fragilidades também em enunciados literais, no emprego recorrente de eufemismos e numa tendência às hipergeneralizações conceituais. E conclui que os manuais de TA, pretendendo facilitar o entendimento dos conceitos, bem como tornar a leitura acessível e agradável, abrem mão da complexidade e da riqueza explicativa dos conceitos originalmente elaborados em pesquisas científicas no próprio campo da Administração, e terminam por traduzir-se no que aqui estamos chamando de uma Pop Science