Análise in situ do fator de crescimento endotelial vascular e do fator induzido por Hipóxia 1- Alpha em lesões de leishmaniose canina
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44903 |
Resumo: | As leishmanioses englobam doenças de caráter zoonótico que acometem o homem e diversas espécies de animais silvestres e domésticos, em especial o cão, que é um reservatório em potencial. O processo infeccioso depende de fatores relacionado tanto do parasito quanto do hospedeiro, e a sobrevivência de Leishmania sp. está relacionada a evasão do sistema imune do hospedeiro. Faz-se imprescindível o planejamento de novas pesquisas para se determinar quais os fatores inerentes à resposta imuno-inflamatória do cão e às características genéticas das espécies de Leishmania viscerotrópicas e dermotrópicas que poderiam influenciar a patogênese da doença. O fator induzível por hipóxia1-alfa (HIF-1α) está presente em situação de hipóxia nos tecidos, e sua ativação é importante para a capacidade leishmanicida dos fagócitos. O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) é o mais importante agente angiogênico relacionado ao aumento da permeabilidade vascular e neovascularização relacionadas a infecções parasitárias. Diante disso o objetivo da pesquisa foi caracterizar in situ os marcadores da inflamação como fator induzido por hipóxia (HIF-1α) e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), para fins de esclarecimento da patogênese e diagnóstico da leishmaniose canina, através da técnica de imunohistoquímica. Vinte cães soropositivos para leishmaniose visceral resgatados de Recife e Petrolina em 2020 e 2021 foram incluídos, os sinais e os sintomas clínicos foram coletados através de ficha epidemiológica e prontuários, e a pesquisa de antigênicos HIF-1α e VEGF nas lesões caninas. O perfil epidemiológico revelou que a maioria dos cães (62%) foram do sexo masculino com média de idade de 7 anos. Nove cães foram classificados como oligossintomático e cinco como polissintomático. A avaliação clínica revelou que a maioria dos cães tinham dermatites, lesões ulcerativas. O diagnóstico de LVC foi previamente confirmado pelos testes parasitológicos e sorológicos. No entanto, a PCR utilizando biopsias de lesões cutâneas não foi capaz de detectar o DNA de Leishmania spp. Das 20 amostras de lesões cutâneas positivas para leishmaniose visceral por mais de uma técnica de diagnóstico, 16 (80%) apresentaram amastigotas nas áreas de dermatite papilar e reticular (p<0,001). Nenhuma das amostras apresentou reação inflamatória granulomatosa, mostrando uma tendência do aumento de VEGF em áreas de dermatite com grande quantidade de amastigotas e maior expressão de HIF-1α. Pelo exposto, é possível concluir, que a dermatite do tipo não granulomatosa de cães favorece a manutenção do parasito em cargas elevadas na derme, o que poderia facilitar a sua disseminação para o sistema linfático e vísceras. |