As dimensões do ensaio : forma, ética e conhecimento em O homem sem qualidades e no Livro do desassossego
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39495 |
Resumo: | O escritor austríaco Robert Musil (1880-1942) e o poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) costumam ser citados, ao lado de nomes como Marcel Proust, James Joyce e Franz Kafka, como consagrados representantes da literatura moderna universal. Autores de obras de caráter aberto e fragmentário, além de caracterizadas, em vários sentidos, pela marca do inacabamento, um e outro fixaram suas preocupações estéticas em dois livros que são considerados, pela crítica, “momentos-chave”, decisivos, de seus projetos literários: O homem sem qualidades e o Livro do desassossego – “escrito” pelo semi-heterônimo Bernardo Soares –, respectivamente. Considerando esses aspectos, argumento nesta pesquisa que é possível identificar, nos dois textos, em sentidos muito próximos e semelhantes – e mesmo, em alguns casos, “coincidentes” –, a “presença” da forma literária do ensaio. O objetivo do estudo é explorar e analisar, de uma perspectiva comparada, os diversos “níveis” em que o ensaísmo pode ser discutido e identificado nas duas obras – como forma, como “modo” de conhecimento e como princípio ético –, apontando-o como um elemento central na elucidação de seus diversos processos literários. Após discutir as características e marcas constitutivas do gênero ensaístico e depois de desenvolver uma discussão teórica a partir de referências fundamentais sobre o tema, como as contribuições de Georg Lukács, Theodor Adorno e Max Bense, entre outros, analiso comparativamente as marcas do ensaio nas obras literárias, portanto, nos chamados planos estético, epistemológico e ético. É possível constatar, por fim, que as obras e os autores apresentam muitas convergências no modo como ensaio nelas se “apresenta”. |