O padrão visual de revistas ilustradas pernambucanas da segunda metade do século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: POÇAS, Maria Teresa de Carvalho
Orientador(a): WAETCHER, Hans da Nobrega
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Design
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50815
Resumo: Esta tese analisa as revistas ilustradas pernambucanas da segunda metade do século XIX. O estudo tem como objetivo geral investigar o design editorial dos projetos gráficos desses artefatos, a fim de descobrir o padrão visual das revistas do período, cujas bases conceituais pertencem ao campo do design gráfico. Considera a publicação periódica pertencente ao campo do design editorial e, por meio da linguagem visual das revistas ilustradas pernambucanas dessa época, busca identificar a existência de um projeto gráfico que possa ser alçado como característico desse período. O que motivou a realização desta pesquisa foi a constatação de que há poucos trabalhos relatados sobre a história do design gráfico em Pernambuco, voltados para a prática do design editorial de periódicos. A amostra examinada foi composta pelos periódicos: Revista Illustrada (1866); O Diabo a Quatro (1875); O João Fernandes (1886); A Exposição (1887) e O Tamoyo (1890) – a partir das fontes primárias preservadas pelas instituições Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj); Biblioteca Estadual de Pernambuco (BPE) e Arquivo Público do Estado de Pernambuco (APE). O resultado da pesquisa confirmou a hipótese de que a linguagem visual dos periódicos pernambucanos da segunda metade do século XIX revela um projeto gráfico em formação, marcado por um traço comum característico do design editorial desses artefatos, tais como: linguagem visual com forte presença de caricatura; formato com variações em torno de 31 x 22 cm, oito páginas, das quais quatro são tipográficas e quatro são litográficas, ou seja, os elementos verbais (textos) e os elementos visuais (imagens e formas) são impressos separadamente, revelando a técnica de impressão do período; uma capa configurada em três partes: logotipo, informações da edição e charge, esta última, correspondendo ao que seria uma chamada de capa nas revistas contemporâneas; no miolo, o texto justificado em duas colunas; hierarquia da informação com tratamento demonstrada no tratamento diferenciado entre títulos e texto corrido; e, uso de fios e vinhetas tipográficas. Por fim, a identificação, organização e descrição da produção gráfica pernambucana da segunda metade do século XIX, através da documentação da prática editorial de revistas, constituem-se em mais um suporte para a memória gráfica brasileira.