Atividade antiproliferativa da solasodina encapsulada em nanocápsulas furtivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: CÂMARA, Ana Lygia dos Santos
Orientador(a): MAGALHÃES, Nereide Stela Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25584
Resumo: A solasodina, alcalóide esteroidal obtido principalmente de plantas do gênero Solanum, pertencente à família Solanaceae, que apresenta duas formas glicosiladas: solamargina e solasonina. A potente ação antitumoral da solasodina frente tumores malignos e benignos de pele, é decorrente da presença de uma mistura de glicosídeos presentes na molécula e já vem sendo comercializado como Curadem®. A porção glicosídica, portanto, viabiliza o reconhecimento de receptores de membrana induzindo sua internalização e viabilizando sua ação biológica. As limitações de rendimento na extração dos glicosídeos da solasodina permite a extração da aglicona em maior rendimento. Assim sendo, este trabalho visa o desenvolvimento de um nanosistema mais efetivo na entrega da solasodina e avaliação da ação antiproliferativa frente a diferentes linhagens celulares. Nanocápsulas furtivas contendo solasodina (SSD-NC) foram obtidas pelo método de precipitação de um polímero pré-formado e caracterizadas através da avaliação da morfologia por microscopia eletrônica de varredura, determinação do pH, tamanho médio, índice de polidispersão e carga de superfície de partículas. A atividade antiproliferativa da solasodina nanoencapsulada foi avaliada frente às linhagens celulares NIH 3T3 (fibroblastos normais), 4T1 (câncer de glândula mamária de murino) e MCF- 7 (câncer de tumor de mama). A citotoxidade das SSD-NCS foi determinada pelo método MTT após tratamento de 48 horas, utilizando concentrações de 100 a 0,78 μg/mL de SSD-NC. O mecanismo de morte celular avaliado através da marcação com anexina V e iodeto de propídio, a determinação do potencial de membrana mitocondrial e a fragmentação de DNA das células tratadas com SSD-NC (3,125 e 6,25 μg/mL) foram realizados por citometria de fluxo. As células 4T1 e MCF-7 apresentaram uma redução significativa dose e tempo-dependente na viabilidade, enquanto que as células NIH 3T3 apresentaram citoxidade reduzida até concentrações ≥ 25 μg/mL. Os valores de IC50 de SSD-NC nas linhagens 4T1 e MCF-7 foram de 5,31 e 4,14 μg/mL, respectivamente. Aumento na fragmentação do DNA das células 4T1 e na MCF-7 foi observado em função do aumento da concentração de SSD-NC. As células foram marcadas apenas pelo iodeto de propídio, demonstrando perda da permeabilidade da membrana celular, sugerindo necrose como mecanismo de morte celular. A análise do potencial de membrana mitocondrial revelou que o tratamento com SSD-NC induziu alterações na membrana dessas organelas, confirmando os resultados obtidos através do método MTT, onde as células apresentaram alteração em sua viabilidade. Estes achados sugerem que o tratamento das células 4T1 e MCF-7 com SSD-NC induz o processo de necrose associado a severas alterações morfológicas nas células. A encapsulação da solasodina apresentou um potencial efeito antiproliferativo, viabilizando futuros estudo in vivo da ação antitumoral.