Resumo: |
O Rio Madeira, que é um dos mais importantes para a Amazônia, em 2007, no município de Porto Velho (RO), recebeu a instalação de um Complexo Hidrelétrico composto pela UHE de Santo Antônio e Jirau. Foram dez anos ao todo desde a instalação ao fim da construção, impactando diretamente a região e toda população que ali já habitavam e aos que chegaram através do fluxo migratório. A natureza não é algo paralelo, autônomo e desarticulado das dinâmicas sociais. A construção das usinas hidrelétricas trouxe a perspectiva de influência ao crescimento da cidade. A ocupação urbana da cidade de Porto Velho intensificou-se, contudo a ausência de planos governamentais e preparo para acolher imigração desordenada na região, não contribuíram para o desenvolvimento das condições mínimas de urbanização. Considerando a realidade e fenômenos como principal meio de explicação, o estudo é realizado a partir de fenômenos reais, de condições sólidas e materiais que abrangem de maneira racional as fontes que geraram as dinâmicas. A escolha pelo tema da pesquisa expõe o desafio de contribuir para a problematização e reflexão da contradição entre o discurso, propostas e ações de Grandes Projetos e o seu real impacto no território. Com a metodologia da observação-participante e revisão da documentação e literatura, análise e tratamento de imagens para ilustração e representação problemática se fará a identificação de avanços e retrocessos diante dos impactos e influências de instalação das usinas do Madeira. Considerando a direção da dinâmica do desenvolvimento e crescimento urbano baseados nos termos históricos, identificando transformações urbanas e habitacionais na cidade. |
---|