Os boatos alarmistas na perspectiva da Ciência da Informação: o caso “Tapacurá estourou”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: GUIMARÃES JUNIOR, Manoel Oswaldo
Orientador(a): MIRANDA, Májory Karoline Fernandes de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia da Informacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29859
Resumo: Os boatos são tão antigos quanto a palavra humana. Antes do aparecimento da escrita, os homens emitiam e recebiam informações baseadas no “ouvir dizer”. É um fenômeno social relacionado à informação e à comunicação, estando presente no cotidiano de qualquer sociedade e cultura. O objetivo geral desta dissertação é analisar o processo de construção e propagação de boatos alarmistas a partir da Ciência da Informação, tendo como ponto de referência a investigação do caso do boato do rompimento da Barragem de Tapacurá em Pernambuco, ocorrida no dia 21 de julho de 1975, fato que abalou a normalidade da população da Região Metropolitana do Recife. “Tapacurá estourou!” era a informação repassada de “boca em boca”, provocando histeria e pânico coletivo na referida região. O problema da pesquisa consiste em saber como são produzidos e propagados boatos classificados como alarmistas, aqueles que alertam e mobilizam um determinado grupo social para um provável acontecimento trágico. Tratando-se de um fenômeno info-comunicacional como o boato, adota-se o Método Quadripolar, formado pelos polos epistemológico, teórico, técnico e morfológico. Incorpora-se ainda a estes, o polo político e o ético. A pesquisa enquadra-se como exploratória de abordagem qualitativa, tendo como procedimento de coleta de dados a pesquisa bibliográfica, realizada em materiais impressos e virtuais, e documental, realizada em arquivos de órgãos governamentais ou da imprensa da época que relataram o referido caso. Os resultados destacam a influência da memória e da cultura da sociedade pernambucana como elementos criadores de uma falsa explicação para uma situação caracterizada pelo medo, pela incerteza e pela ausência e falhas na transmissão de informações oficiais por parte dos órgãos governamentais e de imprensa. Utiliza-se, como aporte teórico, a representação de um regime de informação na estruturação do fluxo dos boatos.