Influência do nitrogênio na produção de substâncias degradadoras do milonito por cladonia substellata (líquen)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Maria da Silva Barbosa, Herika
Orientador(a): Cristina Gonçalves Pereira, Eugênia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6242
Resumo: As rochas são colonizadas pelos liquens, que contribuem, junto com outros fatores ambientais, para o processo de formação do solo. Os liquens têm a capacidade de adaptação a ambientes das mais variadas características, e assimilam nutrientes contidos na umidade atmosférica, interagindo com os demais fatores do ecossistema. Neste contexto, a captação de nitrogênio disperso no ambiente induz a produção de suas substâncias fenólicas, que quando percoladas para o substrato rochoso promovem sua degradação química (quelação). O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de fonte de exógena de nitrogênio, sob forma de uréia, na produção de substâncias quelantes de Cladonia substellata Vainio e, a ação destas sobre o milonito subjacente ao líquen, em condições de laboratório. Os experimentos foram conduzidos em cúpulas transparentes contendo amostras de líquen sobrepostas à rocha triturada, coletadas, respectivamente, em Mamanguape-PB e Pombos-PE. Foram utilizados tratamento com uréia a 1%, 0,1% e 0,01%, ou apenas com água deionizada (controle). Amostras de líquen e rocha foram coletadas e posteriormente o material foi extraído com solventes orgânicos para análise por cromatografias em camada delgada e líquida de alta eficiência e, por espectrofotometria. Por CCD (rocha ou líquen) verificou-se que, além do ácido úsnico, outras substâncias fenólicas também foram detectadas. Através de CLAE observou-se que tanto sob condições ambientais quanto laboratoriais o líquen produziu o ácido úsnico e que este mecanismo foi intensificado quando a C. substellata foi submetida à adição de uréia, principalmente na concentração de 0,01%. As análises em espectrofotômetro com os extratos da rocha indicaram que o ácido úsnico se fez presente na rocha durante todo o processo, evidenciando que houve transporte do talo para o substrato. Com base nestas considerações fica comprovada que a fonte de nitrogênio atuou na rota metabólica do líquen, contribuindo na produção de ácido úsnico e outros fenóis, os quais interagiram com o milonito