Sentidos sobre a escola produzidos pelas professoras do programa de educação integral dos anos iniciais do ensino fundamental da cidade de Caruaru/PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SANTOS, Samanta Gabriely Alves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55973
Resumo: Esta pesquisa discute os sentidos de escola construídos pelas professoras de uma escola em tempo integral dos anos iniciais do Programa de Educação Integral da cidade de Caruaru/PE. Para tanto, nos questionamos, quais são os sentidos de escola construídos pelas professoras a partir da experiência com a Escola de Tempo Integral do Programa de Educação Integral voltado aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da cidade de Caruaru/PE? Desse modo, objetivamos compreender o que pensam sobre a escola os docentes do Programa de Educação Integral dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da cidade em questão. Para o alcance do nosso problema de pesquisa, elencamos os objetivos específicos: (1) problematizar o modelo pedagógico e de gestão do Programa de Educação Integral adotado pela cidade de Caruaru/PE, Escola da Escolha; (2) conhecer os sentidos de escola a partir das experiências dos docentes no contexto do Programa de Educação Integral; (3) analisar os sentidos de escola construídos pelas docentes a partir da experiência com a escola de tempo integral. Como base para as nossas reflexões, discutimos a relação do Programa com a perspectiva neoliberal da educação e a política de parcerias público-privadas, com o aporte teórico dos autores/as Araújo (2020), Laval (2019), Rossi, Lumertz e Pires (2017); Quanto a educação integral e tempo integral, dialogamos com Pestana (2014), Gadotti (2009), Cavaliere (2002; 2014), Fank e Hutner (2013), entre outros; ainda, refletimos sobre a Escola a partir dos autores Masschelein e Simons (2021a) e (2021b), Kennedy e Kohan (2014) e Biesta (2018). Quanto a abordagem metodológica, optamos pela pesquisa documental e colaborativa, esta última, tendo como base teórica Gasparotto e Menegassi (2016) e André (2010). Para a construção dos dados utilizamos observação, diário de campo, conversas informais, questionário e entrevistas semiestruturadas. Os sujeitos da pesquisa são 13 professoras entre referência e especialistas dos anos iniciais. Através da construção dos dados, compreendemos que o Programa de Educação Integral do ICE, embora apresente em seu modelo pedagógico e de gestão princípios que se interligam a educação integral, tem representado um movimento de empresários que majoritariamente demonstram interesses na escola pública e que podem se revestir de discursos de uma educação integral e em tempo integral para reproduzir na escola interesses de cunho neoliberal. Apesar de algumas professoras entrevistadas demonstrarem entender a escola a partir do sentido neoliberal, produtivista, houve também professoras que apontaram sentidos de escola construídos a partir de relações com o tempo escolar que fragilizam, de certo modo, com a lógica produtivista, considerando a escola como espaço de aprendizagem, partilha, convivência e escuta para com os estudantes, atribuindo por meio de suas possibilidades no dia a dia escolar, uma qualidade ao tempo. Desse modo, a figura das professoras se apresenta como possibilidades de resistência e (trans)formação de sujeitos sociais.