Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1988 |
Autor(a) principal: |
MONTEIRO, Tânia Maria G. e S. |
Orientador(a): |
SCOTT, Russel Parry |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17022
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Resumo: |
Este trabalho refere-se a uma pesquisa de campo, realizada com jovens de camada de baixa renda, nas idades de 13 a 17 anos do sexo feminino, e tem o intuito de verificar a possível existência de rituais de passagem que caracterizem esta fase juvenil. Esta busca deve-se também à possibilidade de verificação da existência da adolescência feminina na pobreza, fato que é questionado pela comunidade científica como algo, por vezes, inexistente, devido à carência de condições socioeconômico-psicologicas das camadas de baixa renda. A partir de entrevistas semi-estruturadas com 45 moças de 3 ruas de um bairro pobre favela), a autora encontrou nos discursos das Jovens o ritual da "preparação para o casamento" como algo fundamental à fase juvenil desta população. A Jovem é iniciada peia mãe por volta dos 10 aos 13 anos no aprendizado dos "afazeres domésticos", devendo tudo saber sobre eles antes do casamento. O ritual é visto como necessário para o futuro desempenho de mulher casada, bem como para a sua sobrevivência e da sua família. O não passar por este ritual do aprendizado dos "afazeres domésticos" é visto por elas de uma forma depreciativa - não preparada para casar. A Jovem tem como obrigação preparar-se para o casamento; sua mãe tem como obrigação prepará-la. Após uma análise antropológico-psicanalítica, a autora constatou a existência de "rituais de passagem" da adolescência à vida adulta, e também a existência de "adolescência" como fase de vida, na população pesquisada. O trabalho revela ainda o quanto essa ritualização mantêm o "status quo" da mulher pobre e inserida na situação sócio-econômica que é tradicionalmente vivida em nossa região. |