Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
FIDELIS, Valdylene Tavares Pessoa |
Orientador(a): |
LEITÃO, Sigrid Neumann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18852
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura da comunidade e estimar produção dos copépodes pelágicos do ambiente recifal em diferentes escalas temporais. As amostras foram coletadas em uma estação fixa dentro da baía Tamandaré durante a maré vazante, ao longo de quatro ciclos lunares, durante os períodos seco (novembro/dezembro de 2010) e chuvoso (julho/agosto 2010) e durante os períodos diurnos e noturnos. Foram coletados dados de pluviometria, temperatura, salinidade, material particulado em suspensão e clorofila-a. As amostras de plâncton foram obtidas através da utilização de arrastos subsuperfíciais horizontais usando uma rede cônica (malha de abertura de 200 μm). O material coletado foi fixado e as amostras foram analisadas por contagem, identificação, classificação por estágio de desenvolvimento, sexo e medição das espécies de copépodes presentes nas subamostras. Foram realizados cálculos de densidade, diversidade, riqueza e a frequência de ocorrência para todas as espécies de copépodes pelágicos. A partir das medidas do prossomo dos copépodes foi calculado o peso dos organismos e subsequentemente foram feitos os cálculos de biomassa e das taxas de crescimento e finalmente dos dados de produtividade. As análises realizadas sugerem que a comunidade de copépodes pelágicos do mesozooplâncton associada aos recifes de Tamandaré é regida por fatores ambientais totalmente associados a variações sazonais, principalmente pela pluviosidade, MPS e também pela salinidade. Foram identificados 22 espécies para região, e as espécies que mais frequentes e abundantes ao longo de todo estudo foram: Acartia lilljeborgi, Paracalanus quasimodo, Temora turbinata, Pseudodiaptomus acutus e Calanopia americana. Os valores densidade (694,6 ± 239,4 e 260,7 ± 481,2 ind.m-3 seco e chuvoso), biomassa (1452,02 ± 1072,40 e 200,43 ± 200,27 μg C m-3 seco e chuvoso) e produção (360,640 ± 261,60 e 50,147 ± 50,12 μg C m-3 dia-1 seco e chuvoso) foram significativamente diferentes entre os períodos seco e chuvoso, com maiores valores observados no período seco. Em relação aos turnos diurno/noturmo também existe diferenças significativas para os valores de densidade, biomassa e produção, e os maiores valores foram registrados durante a noite. Portanto, pode-se concluir que assim como a estrutura da comunidade, a produção estimada das principais espécies de copépodes pelágicos de um ambiente recifal é influenciada pelas variações sazonais e nictemeral. Existe influencia das fases da lua, sobre a estrutura da comunidade considerando cada período individualmente e estes dados foram corroborados pelas análises estatísticas ANOVA e PERMANOVA aplicados aos dados de densidade total e das espécies, respectivamente. Em relação aos dados de biomassa e produção, analisados de forma geral, as variações dos ciclos lunares não parecem influenciar de forma significativa a produtividade das espécies de copépodes da região. |