FRED SPANN E SUAS “MÃOS MÁGICAS” : uma análise sobre memória coletiva e relações de poder no Coro Sinfônico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Música |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41181 |
Resumo: | Este trabalho busca analisar a referência de sucesso na atuação do maestro e missionário norte americano Fred Spann na memória coletiva do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil e seu Coro Sinfônico; identificar os aspectos histórico-político-sociais marcam sua passagem pela instituição, contribuindo para seu estabelecimento, e verificar como essas marcas ainda afetam seus sucessores, decorridos mais de 25 anos de sua ausência, ao lhe conferir um poder quase mítico. Em uma abordagem etnográfica, a observação participante atuou combinando entrevistas semiestruturadas e narrativas, a fim de perceber dados ocultos nos discursos a partir da livre expressão dos entrevistados e suas memórias, delimitando a análise ao período de atuação do maestro no Seminário até o final da década de 1980, quando preparava seu sucessor. Também foram analisados arquivos escritos e gravados, publicados pela instituição e fornecidos pelo autor, o que nos auxiliou a refletir sobre a construção de uma identidade coletiva e institucional. Os capítulos discorrem sobre o estabelecimento dos missionários protestantes do Sul dos Estados Unidos no Brasil e a corrida por influência político-religiosa, que se estendeu através do desenvolvimento da denominação batista no país. As estratégias de visibilidade através da música e da mídia, assim como o destaque à autoridade representada pelas figuras do homem branco estrangeiro, pastor e maestro, encerravam em Fred a imagem perfeita do mito que precisava ser eternizado. Nosso campo de estudo se depara com um entrelaçamento de cenários e facetas já bem discutidos por teóricos da sociologia e filosofia, que são retomados num diálogo com os estudos de performance de Diana Taylor. Sua visão direcionada para a América Latina nos auxilia a estruturar roteiros que reiteram historicamente a manutenção do poder, e são encontrados nos discursos sobre nosso objeto, como parte integrante de um complexo de intenções |