Efeito agudo e crônico do lufenuron sobre os parâmetros biológicos de tambaqui (Colossoma macropomum).
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17827 |
Resumo: | O lufenuron é um inseticida benzoilureia e uma substância tóxica que interfere na síntese de quitina nos insetos. Apesar do lufenuron ser um inseticida amplamente utilizado na agricultura e aquicultura, estudos relacionados aos possíveis efeitos tóxicos em diferentes grupos de animais são escassos na literatura. Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos tóxicos agudo e crônico do pesticida benzoilureia (lufenuron) sobre os parâmetros biológicos de Colossoma macropomum (Tambaqui). Para realização do teste agudo, juvenis de tambaqui foram divididos em um grupo controle e cinco grupos experimentais com exposição de 0,1 a 0,9 mg/L de lufenuron por 96 h, com replicata (n = 120). Os animais também foram submetidos a teste de toxicidade crônica por quatro meses em concentrações de 0,1 e 0,3 mg/L de lufenuron, e também um grupo controle (n = 60). A última concentração corresponde a 50% da CL50 96 h (0,58 mg/L) determinada no teste agudo. A presença de hemorragias foi observada nos olhos (hifema), nas nadadeiras e nos opérculos dos peixes expostos a 0,7 e 0,9 mg/L de lufenuron no teste agudo. Análises histológicas mostraram alterações na morfologia das brânquias dos peixes submetidos ao teste de toxicidade aguda, como aneurisma lamelar e congestionamento de sangue nas lamelas. No teste crônico, a análise de glicose no sangue e os parâmetros morfométricos não apresentaram diferenças significativas pelo teste de Tukey (p > 0,05). Em geral, C. macropomum exibiram comportamentos associados ao estresse quando exposto ao lufenuron em ambos os testes. O lufenuron promoveu danos na retina dos peixes como na capacidade de responder aos estímulos nas células fotorreceptoras e ON-bipolares no teste agudo. Deste modo, o lufenuron apresentou vários efeitos tóxicos em relação aos parâmetros biológicos em C. macropomum. Esta preocupação com o uso e descarte do lufenuron indica a exigência de ações ambientais, com a mitigação, para prevenir a bioacumulação e/ou biomagnificação. |