Esmagando a cabeça da Hidra : escravidão, liberdade e abolição na Paraíba do Norte, 1877-1888
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41516 |
Resumo: | Na presente tese, analisamos o processo de esfacelamento da escravidão na Província da Paraíba do Norte entre os anos de 1877 e 1888. Partimos dos caminhos e das possibilidades teórico-metodológicas da História da Social da Escravidão, munidos de um diversificado corpus documental, para analisar os diferentes grupos sociais e eventos históricos que culminaram na assinatura da Lei Áurea. Nosso recorte temporal se prolonga do início da seca em 1877 ao 13 de maio de 1888, período final do esmagamento da Hidra da escravidão no Brasil. A resistência dos escravizados, foi responsável pelo fim do escravismo. Contudo, na fase de finalização, essa resistência contou com o auxílio de abolicionistas de diferentes cores, gêneros e condições jurídicas, que atuaram para romper as amarras do trabalho forçado. Investigamos os aspectos econômicos e demográficos, assim como, a situação de crise vivenciada pela estiagem prolongada entre 1877 e 1879 e as demandas da elite, para entender as especificidades da província nas duas últimas décadas da escravidão. A atuação das pessoas escravizadas foi destacada por meio da trajetória da africana Joana e de sua luta por liberdade para si e sua família. Através dela, aprendemos que, mesmo com a ampliação das perspectivas de liberdade, o protagonismo dos cativos podia ser malogrado pelo enraizamento da escravidão que ainda vigorava. As ideias e os projetos políticos defendidos em torno da libertação dos sexagenários e a onda de alforrias particulares, revelaram o esforço da elite senhorial em prolongar os vínculos escravistas, ao passo que, o escravismo ruía. O 13 de maio foi festejado e a liberdade jurídica reconhecida. Todavia, o aferro à propriedade escrava, mesmo sem dela depender, marcou esse processo na Paraíba do Norte. |