Martins Júnior (1860-1904) : ciência como fé, república como razão – a trajetória de um radical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BRAGA, Flávia Bruna Ribeiro da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Historia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44448
Resumo: Tradicionalmente, os estudos sobre o período que vai do final do Império ao início do século XX costumavam reafirmar que o processo de queda da monarquia e construção da República foi feito sem o povo, numa “quartelada militar”, instaurando um regime oligárquico. A “República Velha” passou a se tornar um conceito difundido que trazia consigo a ideia de uma época caduca, ultrapassada e caótica. Nessa esteira, o positivismo entrava na rota das ideias a serem combatidas, consideradas tão velhas e confusas quanto o próprio regime que se queria superar. Assim, homens de letra e ciência, políticos e técnicos que se aproximaram daquela ideologia, passaram a serem vistos como um inimigo a ser combatido pela escrita da História. A partir da década de 1980, entretanto, com o processo de renovação política pela qual passava o Brasil e o mundo – com o fim da Ditadura Civil-Militar no país e a decadência da Guerra Fria –novas perspectivas vieram para os estudos de história política. Essa renovação passou a trazer novas interpretações, cujas análises passaram a revisitar a “República Velha” e nomeá-la no seu sentido mais amplo, “Primeira República”. Com esta abertura, a compreensão do processo de queda do Império e consolidação do regime republicano tem sido cada vez mais revisto e diversificado, demonstrando a riqueza de tentativas, expectativas, sonhos e projetos que se enfrentaram para formar a República como a conhecemos. Esta tese escolheu acompanhar a história de vida de um sujeito que viveu, sonhou e se dedicou para a República: José Isidoro Martins Júnior. Sua trajetória, além de contribuir para uma visão singular dos acontecimentos a partir de uma perspectiva do Norte do Império, também traz uma das muitas formas com que o positivismo foi compreendido e posto em prática como projeto político no país. No curso da história política renovada proposto por René Rémond e em alinhamento com pesquisas que contestam a tese dos “bestializados”, este trabalho é uma das muitas biografias possíveis: o Martins Júnior político.