Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SANTANA, Michaelle Renata Moraes de |
Orientador(a): |
BORBA, Rute Elizabete de Souza Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46171
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Resumo: |
A Probabilidade tem assumido destaque nas propostas curriculares para o ensino de Matemática. Levando em consideração o que os currículos prescritos para os anos iniciais de escolarização apontam para a importância do estudo de conceitos probabilísticos, ressalta-se a necessidade de compreender como esse conteúdo tem sido apresentado em materiais didáticos, particularmente os livros didáticos (LD). Sendo assim, baseando-se nos pressupostos teóricos da Teoria do Currículo, do uso de materiais curriculares por professores, bem como a compreensão da probabilidade, o presente estudo teve como objetivo analisar produções e usos de LD no ensino de Probabilidade. A pesquisa foi dividida em quatro etapas, na primeira foram examinadas as orientações nos currículos prescritos, na qual observou-se que o documento curricular orientador mais atual (BNCC) aponta um direcionamento no ensino que segue demandas cognitivas da probabilidade. Na Etapa 2 foram analisadas duas coleções de livros didáticos, identificando tarefas de probabilidade apresentadas a partir dos livros do 3o ano, das quais 55,9% envolviam o espaço amostral, 42,6% a avaliação de probabilidades e 1,5% a aleatoriedade. Identificou-se, ainda, que 50% das tarefas envolveu a determinação de probabilidades em experiências simples e 50% em experiências compostas; 77,5% dos contextos são de jogos de sorte e azar; havendo predomínio da atividade matemática aplicar, sendo dessa natureza 56,6% das tarefas na coleção A e 56,3% na coleção B; e houve o predomínio do suporte imagem nas duas coleções. Na segunda etapa ainda, dois editores de LD, ao responderem um questionário, apontaram que a Probabilidade deve ser explorada desde os anos iniciais, levando em consideração as orientações dos currículos prescritos. Na Etapa 3 foram entrevistadas quatro professoras que afirmaram alinhar o que o LD apresenta com o currículo prescrito e evidenciaram um conhecimento não muito claro de como as demandas cognitivas da probabilidade estavam apresentadas nos LD. Na Etapa 4 foram observadas quatro aulas, uma de cada professora participante, verificando a utilização do LD no ensino de Probabilidade. Percebeu-se que as professoras P1 e P2 apresentaram mais momentos de reprodução do que é proposto pelo LD e P3 e P4 demonstraram um pouco mais de autonomia, realizando adequações, assim como criações ao proporem atividades diferentes do apresentado no LD. Desse modo, a interpretação do que foi apresentado nos livros nem sempre estava suficientemente apreendida pelas professoras. Conclui-se que parece haver uma mais forte articulação entre o que é prescrito em documentos oficiais e o que é apresentado em LD, do que entre o apresentado nos livros e o que professores planejam e o que colocam em ação em suas salas de aula. Destaca-se também a importância da probabilidade e a necessidade que nas distintas instâncias curriculares se contemple as diferentes demandas cognitivas, as variadas experiências probabilísticas e tarefas em diferentes contextos, com o auxílio de suportes diversos. Acredita-se, assim, que formações continuadas para professores podem permitir avanços no conhecimento docente em relação aos conceitos probabilísticos para que as práticas possam ir além do que é apresentado nos LD e se consiga implementar as indicações dos currículos prescritos. |