Colonização de macroinvertebrados bentônicos em detritos foliares em riacho de primeira ordem da reserva biológica de Saltinho – Pernambuco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SANTOS, Iris Gabrielly Arruda dos
Orientador(a): RODRIGUES, Gilberto Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11852
Resumo: Em sistemas dulcícolas, a perda de biomassa vegetal está relacionada com as características físicas e químicas da água, de tal forma, que podem interferir na atuação dos invertebrados aquáticos que degradam o material foliar. Além das variáveis físicas e químicas da água, características da morfologia e química da folha também são inerentes ao processo de decomposição dos detritos foliares, somados a capacidade de colonização e degradação foliar pela macrofauna bentônica. No entanto, a participação dos invertebrados bentônicos nesse processo é essencial para a aceleração da decomposição. O objetivo desse estudo foi avaliar a colonização de macroinvertebrados bentônicos em detritos foliares Inga ingoides, em experimento de campo. As bolsas de colonização e exclusão foram submersas em três trechos de cursos d’água, similares quanto as propriedades físicas e químicas da água, da Reserva Biológica de Saltinho, Pernambuco, de fevereiro a julho de 2013. Foram utilizadas 270 bolsas de folhiço (30 X 20 cm) em dois tratamentos: 1. Malha grossa (10,0 X 2,0 mm); 2. Malha fina (0,045 mm). As bolsas foram retiradas após 15 dias, 30, 60, 90 e 120 dias, após a perda total de biomassa. O percentual de biomassa remanescente final (%R) foi maior para o tratamento 1 do que para o tratamento 2, indicando a aceleração da perda de massa foliar nas bolsas de colonização da macrofauna bentônica. Os dados de colonização indicam que os organismos da macrofauna constantes foram representados por insetos: Farrodes (Leptophlebiidae), Bezzia (Ceratopogonidae) e moluscos como Planorbidae e Ancilidae. O papel de fragmentador não confere a nenhum desses macroinvertebradeos. O grupo trófico funcional predominante foi filtrador-fitófago, representado principalmente por organismos da meiofauna (Ostracoda). Os fragmentadores apresentaram menor participação no processo de decomposição foliar de I. ingoides, sendo Tripletides, Polypedillum, Paramerine e Stenochironomus os taxas predominantes da macrofauna.